A torcida rubro-negra não deve nem lembrar que o Atlético entrou em campo ontem carregando a incômoda marca de 55 dias e 6 jogos sem vitória. É este um dos efeitos da goleada por 4 a 0 em cima do Botafogo, no Maracanã. O expressivo resultado também garantiu a permanência do técnico Givanildo Oliveira e devolveu a confiança ao desacreditado time.
"Nossa auto-estima foi lá em cima. Agora precisamos manter a mesma batida", desabafou o goleiro Cléber. "Tiramos um peso das costas", acrescentou o atacante Pedro Oldoni. Com os três gols marcados ontem (um dado de presente pelo árbitro), ele chegou a quatro e se tornou o artilheiro isolado do Brasileiro.
Para espantar a má fase e se segurar no cargo, Givanildo apostou numa atuação defensiva. Ficou clara em pouco tempo a estratégia de marcar forte e tentar abrir o placar em algum lance esporádico.
Não poderia ter dado mais certo. A defesa atleticana, que vinha de falhas sucessivas, se comportou bem e poucas vezes deixou o adversário se aproximar do gol de Cléber. Se o problema era falta de pegada, o time mostrou que desta vez não daria moleza: nos primeiros dez minutos cometeu sete faltas.
O Botafogo deu até mais chances do que o Atlético esperava para contra-atacar. Mas a falta de força ofensiva de outras partidas continuava. Na primeira jogada construída pelo time paranaense, aos 32 minutos, veio o gol.
Após uma roubada de bola na intermediária, atacaram cinco atleticanos contra três botafoguenses. Jancarlos cruzou da direita e Evandro ajeitou de cabeça. O último toque foi do zagueiro Rafael Marques, mas o juiz deu o gol para Oldoni, que estava ao lado.
Um sinal de que a fase estava realmente mudando veio no fim da primeira etapa. O árbitro deu pênalti ao ver a bola tocar na mão de Danilo na área. Na cobrança, Dodô acertou a trave esquerda de Cléber.
Com as coisas dando certo, depois do intervalo o Atlético reencontrou a confiança perdida nas duas derrotas para a Adap pelas quartas-de final do Paranaense. Se impondo em campo, a goleada veio naturalmente. Aos 13 minutos Erandir bateu falta com violência, o goleiro Lopes soltou e Oldoni completou para a rede.
A maré estava tão favorável que até o árbitro ajudou. Aos 34 minutos marcou pênalti inexistente de Gláuber em Ferreira. A cobrança convertida por Alan Bahia foi emblemática. Afinal, foi uma penalidade desperdiçada por ele, no primeiro jogo contra a Adap, um dos acontecimentos iniciais da má fase.
Pouco depois, o artilheiro Oldoni apareceu novamente, em baixo do gol, para completar um cruzamento de Evandro da esquerda e selar a recuperação rubro-negra.
No Rio de Janeiro
Botafogo 0 x 4 Atlético
Lopes; Ruy, Rafael Marques, Scheidt e Bill; Thiago Xavier, Diguinho (Gláuber), Claiton e Zé Roberto; Dodô e Reinaldo (Christian). Técnico: Carlos Roberto.
Cléber; Jancarlos, Danilo, Paulo André, Alex e Ivan (Fabrício); Alan Bahia, Erandir (Cristian) e Evandro (Jonatas); Ferreira e Pedro Oldoni. Técnico: Givanildo Oliveira.
Estádio: Maracanã. Árbitro: Lourival Dias Lima Filho (BA). Gols: Pedro Oldoni, aos 32 do 1.° tempo, 12 e 37 do 2.º tempo; Alan Bahia, aos 12 do 2.° tempo. Amarelos: Ferreira e Alan Bahia (A); Bill e Glauber (B).
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