A crise mudou de lado. O Atlético chegou a São Paulo para tentar se aproveitar do momento delicado que vivia o Corinthians no Brasileiro, mas foi o Rubro-Negro que saiu do Pacaembu fragilizado.
A derrota por 2 a 0 para o Timão reabriu definivamente uma ferida que já parecia estar cicatrizada no Rubro-Negro: a possibilidade de voltar à zona de rebaixamento local que freqüentou durante praticamente todas as 15 primeiras rodadas da competição.
O resultado negativo acabou com um tabu de sete anos sem derrota do Atlético no Pacaembu e acelerou a queda que estava sendo adiada há dois jogos. Depois de permanecer sete rodadas na 15.ª colocação, ontem o Furacão terminou a partida na 16.ª posição e, após a derrota do Coritiba para o São Paulo, estabilizou em 17.º. Agora a diferença para a zona da morte é de apenas três pontos. O próximo adversário será o vice-líder Internacional, domingo, no Beira-Rio.
A partida deverá marcar o retorno de um planejamento que até então só Antônio Lopes defendia: de primeiro atingir 50 pontos para se ver livre da Segunda Divisão e depois pensar mais na frente. A partir de hoje, palavras como Copa Sul-Americana e Libertadores deverão parar de serem ouvidas no CT do Caju. A partida de ontem serviu como estopim para essa provável mudança de discurso.
Se as críticas sobre as atuações do Furacão nos empates contra Juventude (2 a 2) e Santos (3 a 3), na Arena, foram amaciadas pela garra e determinação do time que conseguiu nos últimos minutos buscar resultados que pareciam perdidos , ontem nada de bom sobrou para ser contado.
O ataque e meio-de-campo do Atlético foram inoperantes. A defesa, que até a primeira etapa vinha conseguindo segurar o também pouco inspirado Corinthians, voltou a falhar no início do segundo tempo.
No primeiro gol originado de uma falta que os rubro-negros reclamam não ter ocorrido , a bola foi cruzada na área, bateu nas pernas de Ferreira e, como nenhum zagueiro apareceu para tirar, Marcelo Mattos, livre, chutou para dentro. O cronômetro marcava 12 minutos do segundo tempo e só neste momento o Furacão resolveu jogar um pouco. E conseguiu dois lances de perigo. Aos 18 Lima chutou de primeira e a bola bateu no lado de fora da trave; aos 38, num escanteio, Douglas apareceu livrar no meio da área e cabeceou para fora.
Mas logo depois Ticão perdeu a bola na intermediária para Rosinei. O corintiano avançou em diagonal pelo meio e encontrou Carlos Alberto, livre de marcação na área. Ele ainda teve tempo de dominar antes de marcar o segundo gol paulista.
Em São Paulo
Corinthians 2Marcelo; Eduardo Ratinho, Betão, Marinho e Gustavo Nery; Marcelo Mattos, Bruno Octávio (Carlos Alberto), Rosinei e Róger (Hugo); Tevez e Nilmar (Uésclei). Técnico: Márcio Bittencourt.
Atlético 0Diego; Ticão, Danilo, Paulo André e Marcão; Douglas, Marcus Winícius, Evandro (Thiago Almeida) e Ferreira; Lima (Anderson Aquino) e Denis Marques (Schumacher). Técnico: Antônio Lopes.
Estádio: Pacaembu. Árbitro: Wágner Tardelli Azevedo (RJ). Gols: Marcelo Mattos (C), aos 12, e Carlos Alberto (C), aos 41 do 2.º tempo. Amarelos: Rosinei, Eduardo Ratinho (C); Danilo, Ferreira, Paulo André e Thiago Almeida (A).
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