Fransérgio ressurge como líbero
Considerando-se mais maduro, o volante Fransérgio volta a ter uma oportunidade no Atlético, hoje. Aproveitado por Geninho no Paranaense, o jogador de 18 anos ganhará uma chance na sobra em substituição ao coringa Nei, expulso diante do Vitória.
Destaque no vice-campeonato da Copa São Paulo, em janeiro, o ex-júnior garante não se surpreender com a vaga na defesa. Sem Rhodolfo, que segue afastado por lesão, Fransérgio ganhou a preferência em relação a Carlão, Ronaldo e Bruno Costa.
"Cheguei aqui como zagueiro. Foi só no júnior que comecei a atuar de volante. Não tem surpresa nenhuma", comenta o prata da casa, porte de beque: 1,85 m e 77 kg.
Para o técnico Antônio Lopes não existiu dúvida. "Observei nos treinos. Tem uma técnica boa para a saída de bola, dificilmente erra passes e acerta bolas longas também. Ótimo para a função", elogia.
Outra alteração na equipe atleticana ocorrerá no ataque. Wallyson começa como avante de referência e Zulu vai para o banco. Alex Mineiro fica no banco. (RL)
Adversário
Washington e Dago buscam a 8.a vitória
Um ataque bem familiar dos atleticanos tentará levar o São Paulo à oitava vitória consecutiva no Brasileiro. Dagoberto e Washington repetem no Tricolor do Morumbi a parceria que marcou história na Baixada em 2004. Com eles, o Atlético esteve próximo do título nacional daquele ano, que começou a escapar quando Dago sofreu grave lesão no joelho esquerdo.
O rápido atacante, aliás, é personagem de destaque do jogo. Depois de sair do Furacão em litígio, em 2007, será a primeira vez que ele atuará na Baixada. A recusa em dar entrevistas só aumentou a expectativa pela reação da torcida ao ver Dagoberto em campo.
Washington deixou muito mais saudade no Caldeirão. Com 34 gols pelo clube no BR-04, tornou-se o maior artilheiro de uma edição do Nacional, feito que coroou sua volta ao futebol, construída no CT do Caju.
Para o jogo de hoje, o técnico Ricardo Gomes terá o desfalque de Hernanes, suspenso. Arouca foi o escolhido para substituí-lo.
Modernidade e ousadia estarão misturadas a partir de hoje na Arena da Baixada. A inauguração do setor Brasílio Itiberê, no jogo Atlético e São Paulo, às 16 horas, colocará à prova a ausência de fosso e grade dividindo os torcedores do gramado.
Entre as cadeiras e o campo há apenas uma barreira de 20 milímetros de policarbonato de 1,67 m de altura e 140 m de extensão. Para prevenir invasões, seguranças do clube estarão dentro do gramado de frente para a arquibancada e policiais militares sentarão nos bancos que futuramente receberão os reservas.
As medidas de segurança visam adaptar os fãs à nova realidade que o Rubro-Negro deseja implantar. A intenção é que até a Copa de 2014, a conscientização atinja o nível de permitir que em todo o estádio não exista mais nenhuma divisão física das cadeiras para o campo de jogo. Sem o fosso, a distância da linha lateral para a primeira cadeira cai de 8 para 4 metros.
"Não queremos nem que exista o vidro mais. A concepção é toda pensando na Copa", revela o administrador da Arena Péricles Souza. "Vamos buscar a conscientização através do site do clube e de orientadores no estádio", explica.
Ao todo, são 3.055 novos lugares, que elevarão a capacidade da casa atleticana para 28.327 torcedores. Todas as dependências do setor estão vendidas para sócios desde o fim de abril. Por ora, o acesso ao espaço será restrito pela entrada da Rua Buenos Aires. No futuro, haverá um outro caminho, diretamente do estacionamento da Brasílio Itiberê.
Para a torcida do Furacão, o novo espaço não teria adversário melhor para ser estreado. O fechamento de todos os lados da Baixada ocorre logo diante do rival que não enfrentou o Rubro-Negro no Caldeirão na partida mais importante da história atleticana: a final da Libertadores de 2005.
Baseada no regulamento do Continental, que exigia no mínimo 40 mil lugares para a decisão, a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) marcou o jogo de ida para o Beira-Rio, em Porto Alegre. Nem mesmo as arquibancadas tubulares erguidas às pressas pelo Atlético sensibilizaram a entidade.
"Se jogássemos em casa teríamos grande chance de vencer. Em Porto Alegre só empatamos (por 1 a 1 e na volta, no Morumbi, foram derrotados por 4 a 0)", lembra o técnico Antônio Lopes, que também dirigia o Furacão na época. "Mas tudo isso é coisa do passado. No futebol o que vale é o momento", afirma.
Para o treinador pode ter ficado no passado, mas para o torcedor o fato de não ter de ouvir sua casa ser chamada de "meio-estádio" pelos rivais a partir de uma partida contra o São Paulo é especial. Vale o status de partida histórica.
Ao vivo
Atlético x São Paulo, às 16 horas, na RPC TV (só interior), no PFC e no tempo real da Gazeta do Povo.
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