Embora o Paraná Clube negue qualquer acerto com o atacante Ricardinho, do Oeste-SP, o negócio esta muito próximo de ser fechado. Destaque nas disputas do Campeonato Paulista, o jogador que tem seus direitos federativos presos ao Atlético Paranaense - deve reforçar o elenco paranista para a Série B do Brasileirão.
O diretor de futebol do Furacão, Ocimar Bolicenho, confirmou à Gazeta do Povo que o Paraná pediu a liberação do jogador para reforçar o time de Marcelo Oliveira. "Realmente eles entraram em contato conosco sobre o interesse em contar com o Ricardinho. Falei com o presidente (Marcos Malucelli) e ele autorizou o empréstimo até o final da Série B", disse.
A diretoria paranista, entretanto, negou que esteja contratando o jogador. "Essa notícia divulgada hoje, de que teríamos contratado o Ricardinho, não tem nada de verídica. Queria saber de onde vêm esse tipo de informação. E se tivesse procedência, eu jamais diria neste momento. O jogador esta disputando um campeonato e isso não seria correto de se dizer", comentou Aramis Tissot.
De qualquer forma, o interesse pelo atacante é antigo. Ricardinho já vestiu a camisa Tricolor, mas não deixou saudades. Sua nova empreitada no futebol paulista voltou a chamar a atenção do Paraná que deve acertar com o atacante até o final da Série B.
De olho nos destaques do Paranaense
Aramis Tissot garantiu que o Paraná esta de olho nas promessas e revelações do Campeonato Paranaense. A medida é uma espécie de resposta aos críticos (de todas as equipes, não só do Paraná) que defendem a tese de que os times daqui não valorizam os destaques do Estadual. "Estamos conversando com várias pessoas e mantivemos vários contatos, preferencialmente no futebol paranaense. Sempre nos cobraram isso e estamos encontrando bons nomes. Mais um ou dois jogadores devem reforçar nosso elenco mais para frente".
O diretor de futebol paranista prefere manter cautela ao comentar sobre nomes, principalmente em respeito aos times/parceiros. "Essas histórias, esse momento de nome, são coisas que acabam prejudicando a negociação. Falaram do Gilson, do Cascavel, que é um ótimo jogador, mas ainda esta atuando no campeonato. Isso complica a situação do próprio jogador e o relacionamento entre os clubes".
Tissot não teme estar arriscando com a estratégia de trazer reforços caseiros. "É claro que não podemos ter certeza de que o jogador vai dar certo. Às vezes ele vai bem em um time, mas não vai no outro. Mas esses que trouxemos são boas promessas. O Vinícius, por exemplo, eu levo muita fé. Estamos, ao longo do ano, montando um bom elenco".
Se não confirma o nome de possíveis reforços, pelo menos o dirigente descartou, por ora, a vinda de Leandro Bocão, um dos artilheiros do Paranaense, mesmo atuando no rebaixado Toledo. "Ele nos foi oferecido e é um bom jogador. Mas já trouxemos o Vinícius para a posição e queremos investir em jogadores jovens, que possam render algum dinheiro para o clube numa negociação futura".
Novos tempos
É justamente de olho nessas negociações futuras que o departamento de futebol paranista tem trabalhado. Para Tissot, o clube sofre hoje em dia por contratos mal feitos no passado. "Os jogadores vinham, se destacavam e não deixavam nada para o Paraná. Isso agora esta mudando. Os jogadores vêm com um percentual dos direitos do Paraná e vão render algo no futuro".
E concluiu. "Quando cheguei vi que seria muito difícil tocar o futebol justamente por causa dessa estruturação de contratos que existia. Ainda vamos passar por dificuldades, mas quem assumir depois de nós terá a vida muito mais facilitada".
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