Atlético mantém a esperança

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Com a camisa comemorativa ao aniversário de 87 anos do clube, com listras horizontais, assim como o clube nasceu, o Atlético voltou a vencer na Arena. Mas não foi desta vez que a equipe rubro-negra convenceu.

Em um jogo difícil, mesmo enfrentando o lanterna do Estadual, o Furacão ganhou por 2 a 0 e assumiu de forma isolada a vice-liderança no segundo turno do Estadual, com 13 pontos, caracterizando-se como o único time que ainda pode ter a esperança de evitar o título do Coritiba.

Com cinco pontos a menos que o alviverde, o Rubro-Negro sabia que precisava vencer de qualquer jeito o Cascavel para não aumentar a vantagem do rival.

Após a vitória, restou à sensação apenas de dever cumprido, como explicitou o capitão Paulo Baier. "A obrigação nossa era vencer. Fizemos o nosso trabalho", disse o camisa 10.

Mas não foi fácil. O primeiro gol só foi ocorrer quase no final do primeiro tempo, quando a zaga do Cascavel parou e Lucas marcou o seu sétimo gol na temporada.

Na etapa final, o goleiro Renan Rocha teve de trabalhar, assim como Nivaldo, 39 anos, o camisa 1 do Cascavel que até antes desta partida era o terceiro arqueiro e auxiliar de preparação de goleiros. Com um belo gol, Adaílton fechou o placar e acabou sendo o melhor em campo.

"Não foi uma partida excepcional. Mas vale pelos três pontos", admitiu Madson. Sem ser xingado desta vez pela torcida, Paulinho foi outro que comemorou. "Tem que acreditar até o final [no título do Estadual]. A torcida apoiou hoje [ontem] do começo ao fim e isto é importante", garantiu o lateral-esquerdo.

As vaias da torcida atleticana, uma das principais preocupações dentro do Furacão, realmente ocorreram menos ontem, mas surgiram em duas oportunidades. Algo que o técnico Geninho achou normal e o levou a parabenizar quem estava na arquibancada no final da partida.

"A torcida ficou muito a favor e eu tenho de agradecer. Se tivesse acontecido a cobrança, talvez [nós] estaríamos falando agora de um resultado diferente", admitiu o treinador. O curioso é que, ao colocar Adaílton em campo, Geninho foi chamado de "burro" por um torcedor – pelo menos na percepção do comandante. Na hora do gol do atacante, o treinador virou para trás e disse "eu acho que o burro é você".

O Atlético não vencia na Arena desde o dia 2 de março, quando eliminou o Rio Branco do Acre pela Copa do Brasil. Pelo Paranaense, fazia exatamente um mês, na vitória contra o Rio Branco de Pa­­ranaguá.

Agora o Furacão terá a semana para se preparar para o clássico com o Paraná, na Vila Capanema, ainda com esperança de um tropeço do Coritiba.

Hora de acertar

Sem jogos nas quartas-feiras nas próximas duas semanas, Geninho pretende consertar os erros da equipe com muito treinamento. Uma das principais dificuldades do time, na opinião do técnico, são os erros de passe. "O grande problema em um time que vem errando tanto é a falta de um tempo adequado para treinar. Nós teremos este tempo e espero que possamos evoluir. Não teremos outro período assim", disse o comandante rubro-negro.