Paulo Baier passou em branco na partida contra o Vasco em São Januário| Foto: Ide Gomes / Folhapress

Vestiário

Adilson lamenta gols na Arena

Após um jogo equilibrado em São Januário, local onde o Atlético nunca venceu, restou para o técnico Adilson Batista admitir que o 2 a 2 em Curitiba, no primeiro jogo das quartas de final, foi o que eliminou a sua equipe, graças ao maior número de gols do Vasco na casa do adversário. "O objetivo era ir mais longe, buscar o título. Infelizmente sofremos os dois gols na Arena, que deram tranquilidade ao adversário", argumentou.

A calmaria vascaína foi sentida até o Atlético abrir o placar no segundo tempo. Os donos da casa tinham maior posse de bola, mas quem chegava mais perto do gol era o Atlético, mesmo tendo apenas o equatoriano Guerrón como atacante de ofício. Com a entrada de Nieto e Madson, o Furacão conseguiu marcar e, por seis minutos, sonhou com a semifinal, adiada com o gol de Élton.

"O time jogou com garra e determinação, ficamos alguns minutos com a classificação, mas em um lance saímos eliminados", lamentou o goleiro atleticano Renan Rocha. "Preferia não fazer gol e passar de fase", admitiu Nieto.

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Por seis minutos o Atlético esteve classificado para a uma inédita semifinal da Copa do Brasil. Foi o tempo entre o gol do atleticano Nieto, aos 28 do segundo tempo, e o do vascaíno Élton, em São Januário. Com o empate por 1 a 1 com o Vasco, o Furacão foi eliminado do torneio nacional pela sexta vez nas quartas de final, o ápice rubro-negro na competição.

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Agora o pensamento atleticano volta-se para a estreia do Brasileiro, no dia 21, contra o xará mineiro. No entanto, dirigentes atleticanos e o técnico Adilson Batista assumiram que a equipe precisa melhorar para o campeonato mais longo do ano.

"Do que eu vi, melhorou muita coisa. Mas o Brasileiro é diferente", afirmou o treinador, lembrando que os dois resultados contra o Vasco, se fossem em um campeonato de pontos corridos, seriam ruins. "De seis pontos, conquistaríamos dois", argumentou. "Temos consciência do mau começo de ano, a eliminação na Copa do Brasil, mas vamos qualificar. Precisamos fazer um segundo semestre melhor", admitiu.

A melhora passa por contratações. O presidente rubro-negro, Marcos Malucelli, disse ontem que só o volante Cléber Santana, que já faz exames no clube, e o atacante Henrique, do São Paulo, estão com as negociações adiantadas e que o resto é especulação. No entanto, o novo diretor de futebol do clube, Alfredo Ibiapina, confirmou que o lateral-esquerdo Marcelo Oliveira, do Corinthians, deve chegar ao Furacão na segunda-feira.

"Eu não vim aqui para passar sete meses e acabar o mandato. Eu vim para ser campeão brasileiro. Posso não ser, mas vou lutar para isso", avisou Ibiapina. "Faltou um detalhe aqui [no Rio de Janeiro] e faltou qualidade para o plantel. Mas não adianta chorar agora. Vamos fazer um grande time para disputar o título", prometeu o novo dirigente, que pretende fechar mais três contratações até terça-feira.

Quanto ao novo diretor e o gerente Paulo Rink terem autonomia para negociar – uma reclamação dos ex-dirigentes do departamento de futebol –, Malucelli argumentou que Valmor Zimermann e Ocimar Bolicenho possuíam "liberdade para negociar, mas não tinham para gastar". Problema que os novos contratados também terão.

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