William e Julio Cesar comemoram a classificação do Atlético-MG contra o Santa Fe, na Colômbia| Foto: Eitan Abramovich / AFP Photo

Foi no sufoco. E meio sem ar. Mas o importante é que o Atlético-MG superou a pressão do Santa Fe, a altitude colombiana e o fato de ter levado apenas três jogadores para o banco de reservas e saiu de Bogotá com a classificação garantida para as quartas de final da Copa Sul-Americana. O Galo perdeu para o Cardeal por 1 a 0, gol de Félix Noguera, e como venceu o jogo de ida por 2 a 0, em Sete Lagoas, saiu de campo classificado. Agora tem pela frente provavelmente o Palmeiras, que pode empatar com o Sucre, da Bolívia, para ficar com a vaga.

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Antes, porém, o Atlético tem um compromisso importantíssimo. Encara seu maior rival, o Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro, domingo, às 18h30m (de Brasília), no Parque do Sabiá, em Uberlândia. Ao Santa Fe, resta o Campeonato Colombiano, do qual é líder e já garantido na próxima fase. O próximo adversário é o Deportivo Cúcuta, em Cúcuta.

Falta de talento comlombiano

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Como era previsto, o Santa Fé começou quente em cima do Atlético, pois já entrou em campo perdendo por 2 a 0. O Galo visivelmente poupava energias, pois atuava na altitude de 2.640m acima do nível do mar e só tinha dois jogadores de linha no banco de reservas.

A pressão colombiana foi aumentando com o passar do tempo. O Santa Fé chegou a abrir o placar, aos 10 minutos, com Seijas, mas o gol foi corretamente anulado. Anchico, Otálvaro e Rodas tentaram chutes ao gol e levaram muito perigo a Renan Ribeiro.

O maior problema do Galo era não segurar a bola no campo de ataque. Méndez e Diney erravam muitos passes e os laterais Diego Macedo e Fernandinho eram figuram de decoração até aquele momento.

O ânimo do time colombiano foi arrefecendo em torno dos 30 minutos, mas o Galo não soube se aproveitar do bom momento e o Santa Fé novamente cresceu no jogo.

Os colombianos seguiram pressionando, mas não tiveram competência para abrir o marcador. O jogo se arrastou moroso até o final do primeiro tempo, num 0 a 0 que acabou sendo justo, pelo pouco poder de finalização do Santa Fé.

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Gol e pressão

O Santa Fé voltou para o abafa no segundo tempo, pois o resultado, em hipótese alguma, lhe interessava. O time de Bogotá perdeu duas boas chances antes do 10 minutos, ambas originárias de bolas alçadas na área.

Os colombianos seguiram pressionando e tentando a jogada aérea. Aos poucos, o Galo foi conseguindo se equilibrar em campo, o que forçou o Santa Fé a buscar outras alternativas de ataque. E foi aí que conseguiu achar o gol.

Aos 15 minutos, o lateral esquerdo Félix Noguera arrancou da defesa e acertou um belo chute de fora da área. A bola foi no cantinho direito, sem chances de defesa para Renan Ribeiro.

O gol incendiou de vez o El Campín e a torcida passou a incentivar o Santa Fé ainda mais ostensivamente. O time colombiano partiu pra cima, mas começou a dar espaços para os contra-ataques do Atlético.

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Fui num lance assim, que o Galo quase empata, cinco minutos depois. Fernandinho arrancou livre pela esquerda e errou na hora de fazer o cruzamento. O goleiro Agustín Júlio saiu bem e fez a defesa.

A pressão do Santa Fé persistia e o Atlético se defendia de todas as maneiras possíveis e imagináveis com chutões pro lado, inclusive. O mais dramático neste momento do jogo é que o fôlego dos brasileiros parecia ter chegado ao fim e os contra golpes acabaram.

Dos 30 minutos em diante, a principal figura do jogo passou a ser o goleiro Renan Ribeiro que, em pelo menos três ocasiões, salvou a pátria do Galo.

O jogo caminhou dramático até o final, mas o Santa Fé não conseguiu o gol que o classificaria. Os jogadores do Atlético comemoraram muito uma classificação suada, conquistada à base de muita raça e pouco ar nos pulmões.

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