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A bola morre no ângulo superior esquerdo do goleiro paranista Ney (foto maior e no detalhe, à esquerda), obra de Zé Antônio (detalhe, à direita), que abriu o placar na Arena. | Rodolfo Bührer e Albari Rosa/ Gazeta do Povo
A bola morre no ângulo superior esquerdo do goleiro paranista Ney (foto maior e no detalhe, à esquerda), obra de Zé Antônio (detalhe, à direita), que abriu o placar na Arena.| Foto: Rodolfo Bührer e Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Carnaval não afeta o clássico

O domingo de carnaval parece não ter prejudicado de forma significativa a presença de público na Arena. Um total de 12.086 pessoas pagou ingresso ontem para acompanhar a vitória atleticana por 2 a 1 sobre o Paraná.

Nesta temporada, o Rubro-Negro só levou mais pagantes na primeira rodada, quando venceu o Foz – com 13.208 passando pela bilheteria. Diante do J. Malucelli, foram 13.022 no borderô. E diante do Nacional, 12.047.

Nem mesmo no histórico recente contra o Tricolor a diferença de torcedores parece representativa. Nos dois jogos do ano passado realizados na Baixada, o clássico teve 15.156 (dia 27/1/08) e 14.770 (16/3/08).

Quem se dispôs a ir ao estádio, viu o Rubro-Negro abrir o placar logo no início do jogo (4 min). Zé Antônio, em cobrança de falta na lateral do campo, acertou "sem querer" – segundo ele mesmo em entrevista após o jogo – o ângulo de Ney.

Os paranistas quase empataram quando Agenor acertou a trave de Galatto (21min). Mas, ainda na etapa inicial, o volante entrou novamente em ação ao cometer pênalti em Júlio César. Rafael Moura cobrou e ampliou (32 min).

Na etapa final, Luís Henrique levantou na área e Agenor descontou de cabeça (10 min). Foi apenas um susto para os donos da casa, que souberam administrar o placar. Pouco antes do término do confronto, Lima ainda acertou a trave (34 min) paranista. (RF)

As chaves do jogo

Ops! - Zé Antônio erra o cruzamento, mas acerta o ângulo de Ney: 1 a 0. "Foi sem querer, mas dei sorte", admitiu o lateral atleticano.

O equívoco - Agenor, melhor do Paraná em campo, perde no mano a mano para Júlio César e comete pênalti. Na cobrança, o Atlético decidiu o jogo.

O acerto - Lenílson deixa o campo machucado e o técnico Paulo Comelli coloca o zagueiro Elton. Alteração pôs o Paraná no jogo.

  • Escolado após o pênalti cometido sobre Júlio César no primeiro tempo, o volante paranista Agenor se apressou a alegar inocência na disputa de bola com Marcinho.
  • Ficha técnica

Líder invicto, quatro pontos na frente do segundo colocado e dono do melhor ataque do Campeonato Paranaense, o Atlético complicou de vez a situação de um dos maiores rivais na competição.

Com a vitória por 2 a 1 sobre o Paraná, o Rubro-Negro deixou o time do técnico Paulo Comelli em posição temerária na tabela: 12º na classificação, apenas no saldo de gols livre da zona de rebaixamento, 33% de aproveitamento em 21 pontos disputados.

A sete rodadas para o fim da primeira fase, os paranistas tentam a reabilitação na quinta-feira, quando recebem o Cianorte, na Vila Capanema. Na mão oposta, o Furacão (18 pontos em 8 jogos) intensifica a busca por dois pontos extras – bonificação dada ao melhor time no octogonal decisivo – frente ao Iguaçu, quarta-feira, em União da Vitória.

"É preciso demonstrar mais empenho, garra e luta. A competição está se afunilando e a coisa vai ficar difícil. Necessitamos mais do que nunca da vitória no próximo jogo", verificou o zagueiro João Paulo, ainda no gramado da Baixada.

Diante do fantasma à porta do Durival Britto, Comelli voltou a pedir reforços. "Precisamos de jogadores de velocidade no ataque", cobrou. Manteve o discurso de cautela aos pratas da casa. "Não adianta colocar os garotos nessa situação." E, por fim, na ausência de soluções práticas, soltou: "Vamos colocar (em campo) o que tem aí..."

Já Geninho esbanjou serenidade. Primeiro, o técnico atleticano fez questão de afastar crise no clube. "Aqui não tem isso". Depois, bem ao contrário do comandante tricolor, mostrou confiança no seu elenco. "Contratar, no início da temporada, seria dizer que tudo foi feito errado até agora."

O Atlético usufrui de situação invejável no regional. Mesmo com uma partida a mais do que o Coritiba (o segundo colocado), os rubro-negros voltam a ter o melhor rendimento da primeira fase – graças à derrota do Coxa para o Engenheiro Beltrão (3 a 0, sábado). E brigam, além do bônus de pontos dado ao campeão da fase, por uma ajuda decisiva no tapetão.

Possivelmente na próxima semana, os advogados do clube esperam que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) faça valer a literalidade do artigo 9º do campeonato: "(...) As oito equipes classificadas se enfrentam em turno único, com mando de campo da equipe que tiver melhor classificação geral na fase anterior da competição". Ou seja: se ficar na ponta, faria na Arena os sete jogos finais.

Para desfrutar de tal condição na tabela, o Atlético abriu ontem o placar aos 4 minutos, com Zé Antônio cobrando falta. Ainda no primeiro tempo, ampliou com Rafael Moura, de pênalti, aos 32. E soube se segurar na defesa, mesmo após Agenor, aos 10 da etapa final, descontar para o Paraná.

* * * * * *

Craque

Ferreira

Continua devendo, mas se destacou pela mobilidade e por belas jogadas de efeito.

Bonde

Osmar

Ficou o tempo todo em campo e levou o prêmio pelo conjunto da obra. Menção para o atleticano Alberto.

Guerreiro

Agenor

Começou na defesa, foi para a armação e comandou o Paraná em campo. Se não fosse o pênalti...

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