O Atlético se prepara para enfrentar o Cruzeiro, amanhã, em clima de paz. Depois de um início preocupante, sem vencer nas primeiras dez partidas, o time cresceu, afastou-se do perigo do rebaixamento e tem boas chances de disputar a Copa Sul-Americana do ano que vem. Se os quatro confrontos restantes do Furacão não prometem grandes emoções para a torcida rubro-negra, valem muito para os coxas-brancas.
Isso porque, na briga desesperada para sair da zona de descenso, o rival vai precisar da ajuda do time da Baixada. As duas partidas que ainda fará dentro de casa, onde é soberano, serão contra adversários diretos do Alviverde pela permanência na elite nacional. São Caetano, neste domingo, e Paysandu, no outro fim de semana.
A situação não é rara no futebol. E sempre causa divergências. Em nome da rivalidade, há quem não se importe com uma derrota do próprio time se for para degustar o sofrimento alheio. Há quem até incentive o gesto pouco esportivo. A maioria, entretanto, só pensa em vencer, independentemente de beneficiar o inimigo.
No Brasileiro do ano passado, o episódio foi semelhante, mas com menos clima de tragédia. O Atlético brigava pelo título ponto-a-ponto contra o Santos e também sonhava com uma mãozinha do co-irmão para se aproximar da taça com quatro rodadas de antecedência. O Coxa enfrentou o Peixe dentro do Alto da Glória com muita gente defendendo um tropeço para minar o caminho do rival. A derrota por 1 a 0 em gol comemorado por parte dos alviverdes manteve a vantagem do Furacão sobre o clube paulista em apenas dois pontos. Mais tarde, foi a equipe alvinegra quem comemorou o título, três pontos à frente dos paranaenses.
A passionalidade nessas ocasiões não costuma atravessar o alambrado. Os discursos dos jogadores sempre evocam o profissionalismo, a responsabilidade com o clube e a intenção de terminar bem a competição sem se importar com o problema dos outros. No CT do Caju, a conversa manteve a escrita. "Não gosto de perder nem em par ou ímpar. Em casa, é obrigação vencermos, mesmo que a torcida tenha outros interesses. Pelo bem do Atlético", resumiu o zagueiro Paulo André.
Já o técnico Evaristo de Macedo foi mais enfático. "Quem fala em entregar jogo tem caráter duvidoso. Nós somos corretos e não existe essa possibilidade", finalizou.
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