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Quarenta e cinco jogadores em 25 rodadas. A explicação para a instável campanha do Atlético no Campeonato Brasileiro – 17.º colocado, a três pontos da zona de rebaixamento – está na simples associação desses números.

Desde o começo da competição, o Rubro-Negro já testou mais quatro equipes inteiras dentro de campo. Jogadores vão do meio para o ataque, da lateral para o meio, do meio para a zaga. Quem joga bem hoje, amanhã não fica nem no banco de reservas. E, nesse ritmo, a equipe titular do Furacão só foi repetida de uma partida para outra uma vez: entre a 15.ª e 16.ª rodadas. E não será amanhã, contra o Internacional, no Beira-Rio, que a regra vai mudar.

Com as estréias dos volantes Cristian e André Conceição – que jogarão nos lugares dos jovens Douglas e Marcos Wínicius, que estavam jogando bem – Lopes espera dar mais experiência à equipe. Também aumentará o número de atletas que vestiram a camisa rubro-negra no Nacional para 47 – isso se o lateral-esquerdo Moreno, recém-contratado, não entrar no decorrer do jogo.

O técnico, que gosta de fazer muitas experiências e revelar jogadores, concorda que a alta rotividade está refletindo no desempenho da equipe. Porém diz que não há muito a ser feito para contornar o problema.

"Eu gosto de dar chance aos jogadores, mas essa utilização em excesso não é por isso. São pelas lesões e suspensões", justifica. "Se não fosse por isso, ficaria com o time-base da Libertadores. Não teria motivos para ficar mudando."

De cabeça, Lopes conta nos dedos os motivos de seus problemas: Cocito (negociado), Alan Bahia, Lima, Fabrício e Aloísio (machucados). "Com esse time estaríamos em condições melhores", analisa.

O discurso dos jogadores, no entanto, é um pouco diferente. Para eles, o sufoco de agora foi causado pelo desprezo dado ao Brasileiro em seu início, quando o Atlético disputava a Libertadores. "Todos que estão no grupo têm condições de jogar. O problema é que estamos pagando pelo mau começo, quando fizemos só três pontos em dez jogos. Se tivéssemos feito dez pontos, por exemplo, estaríamos lá em cima", opina Marcão.

Mas olhando a lista de atletas e vendo os nome de jogadores como Dennys Richards, Simão, Jorge Henrique e Maciel, para citar alguns, é difícil acreditar que a rotatividade não tenha influenciado.

Legião

Goleiros

Diego (23 jogos) e Tiago Cardoso (2).

Laterais

Jancarlos (15), André Luiz (1), Marcão (17), Marín (7), Leandro (4), Beto (5) e Etto (6).

Zagueiros

Danilo (20), Paulo André (15), Durval (8), Tiago Vieira (3), Adriano (4), Juninho (1) e Baloy (6).

Volantes

Alan Bahia (18), Douglas (6), André Rocha (12), Marcus Winícius (11), Ticão (17) e Cocito (10).

Meias

Evandro (12), Fabrício (17), Ferreira (10), Thiago Almeida (2), Cléverson (3), Simão (1), Rodriguinho (5), Rodrigo Almeida (6) e Fernandinho (7).

Atacantes

Dagoberto (1), Denis Marques (4), Aloísio (9), Lima (18), Schumacher (8), Caetano (11), Finazzi (10), Ricardinho (3), Anderson Aquino (2), Cléo (4), Jonatas (2), Dennys Richard (4), Jorge Henrique (4) e Maciel (3).

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