A relação de Paulo Rink com a antiga diretoria do Atlético está por trás da saída dele do clube. Diretor de relações internacionais na administração de Marcos Malucelli, o ex-atacante foi iniciado na atividade por Alexandre Rocha Loures, responsável pelos contatos fora do país nos tempos de Mário Celso Petraglia ambos desafetos da atual cúpula da Baixada.
Oficialmente, Rink deixará o Furacão a partir de 1.º de abril. No entanto, segundo nota publicada no site do Rubro-Negro, vai seguir colaborando em "trabalhos pontuais" com os atleticanos.
"O Paulo Rink tem outros compromissos e não estava mais conseguindo dar uma dedicação exclusiva ao Atlético. O que atrapalhava o trabalho dele no clube", justifica Malucelli.
Atualmente, o ídolo dos anos 90 também atua como comentarista de um programa de televisão e participa de jogos de showbol. O presidente, no entanto, negou que o relacionamento com Petraglia tenha a ver com a demissão.
"Nem sei se eles têm alguma relação. Logo que assumi recebi um e-mail do Petraglia dizendo que eu só não mandava o Paulo embora por causa da mídia. Só falta ele (Petraglia) agora sair em defesa", diz o dirigente. No Twitter, o ex-mandachuva do Atlético já havia criticado a decisão.
Por outro lado, Rink alega não saber os motivos do seu novo enquadramento no Furacão. O ex-jogador prefere não acreditar na hipótese da dispensa ter sido efetuada pela sua contratação ser da gestão anterior. "Se a decisão pela minha saída foi tomada por esse motivo, foi uma decisão errada. Não existe esta ou aquela gestão, sempre representei o Atlético", afirm. "Mas sou sincero, não me falaram o motivo da decisão. Não gosto dessa nova relação e ainda vou conversar com o presidente para saber ao que eu terei acesso de agora em diante", confessa, negando ter atuado em qualquer tipo de negócio que não envolvesse o Rubro-Negro nos três anos em que está na pasta internacional.
A "limpa" de pessoas ligadas a Petraglia começou logo após Malucelli tomar posse, em janeiro de 2009. Quando Rocha Loures, seu assistente Pablo Miranda e o advogado Ruy Paciornik saíram.
Após as polêmicas na venda de Alex Sandro e as trocas de farpas pelas atividades da empresa Kango (cadeiras, publicidade e sócio-torcedor) que pertence ao filho de Petraglia, a guilhotina voltou.
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