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Só restou a Paulo Baier caminhar cabisbaixo enquanto a torcida operariana fazia a festa no canto do estádio atleticano | Pedro Serapio/ Gazeta do Povo
Só restou a Paulo Baier caminhar cabisbaixo enquanto a torcida operariana fazia a festa no canto do estádio atleticano| Foto: Pedro Serapio/ Gazeta do Povo

Atlético x Operário

O jogo: O Operário veio para jogar no contra-ataque e teve facilidade pela fraca marcação atleticana. Fez dois gols no primeiro tempo e depois apenas segurou o jogo. O Furacão perdeu muitos gols, em parte pela atuação do goleiro Ivan, que pegou tudo.

Atlético: Renan Rocha; Manoel (Wagner Diniz), Gabriel, Flávio e Paulinho; Vítor (Kléberson), Róbston (Adaílton), Paulo Baier e Madson; Guerrón e Nieto. Técnico: Geninho.

Operário: Ivan; Lisa, André, Alisson e Edson Grilo (Rodolfo); Zé Leandro, Serginho Paulista, Cambará (Serginho Catarinense) e Ceará; Ícaro e Mateus (Diego Martins). Técnico: Amilton Oliveira.

O primeiro grito de "vergonha" da torcida atleticana veio ainda no primeiro tempo, pouco antes dos 40 minutos. Na segunda etapa, as críticas só pioraram. Sobrou para dirigentes, jogadores... Houve até "olé" para as triangulações do Operário. O ápice veio após a partida, quando cerca de 50 torcedores correram até o estacionamento da Arena para esperar o time, e entraram em conflito com a Polícia Militar.

A indignação dos rubro-negros ontem, mais do que pelo 2 a 0 imposto pelo Fantasma, é reflexo direto da classificação na Copa do Brasil. Na tarde fria, 10 mil torcedores foram ao estádio empolgados pela boa atuação do meio de semana, fora de casa, contra o Paulista. E saíram decepcionados ao praticamente dar adeus ao Paranaense.

O time de Ponta Grossa, ao contrário, tomou o segundo lugar do Atlético e saiu falando em buscar o título do segundo turno para decidir o campeonato com o Coritiba

"Não digo que damos adeus ao campeonato, mas ficou difícil. Contudo, no futebol tudo pode acontecer", afirmou Paulo Baier. O discurso foi repetido em toda sua caminhada até o vestiário. Pergunta após pergunta, no entanto, a ênfase era para tentar encontrar um fio de otimismo em uma única frase: "A vida não acabou".

Ainda não. O Furacão está dois pontos atrás do líder Coxa. Mas se o Alviverde vencer hoje, a diferença sobe para cinco. Mesmo assim, insuficiente para Geninho para mudar o foco. "Temos de jogar o campeonato no nosso melhor. Tem rodada amanhã [hoje] e não sabemos o que vai acontecer. O futebol nos dá muitas lições", disse o treinador.

Ele ainda aproveitou a situação difícil para cutucar o rival. "Esses tempos aí, o Fluminense tinha 99% de chances de cair e escapou. Tinha gente já comemorando, indo no enterro do Fluminense, e caiu. Na hora que matematicamente não tiver mais chances, aí vamos dizer acabou."

Apesar do discurso, Geninho sabe bem das dificuldades que enfrentará para transformar o improvável em realidade. O primeiro desafio será arrumar seu próprio time. A derrota para o Operário mais uma vez expôs a principal deficiência rubro-negra: as falhas de marcação. Isso, além das defesas do goleiro Ivan, é suficiente para explicar uma derrota ocorrida no primeiro tempo, quando o Atlético dominava a partida.

No primeiro gol, a falha foi na bola aérea, quando, aos 13 minutos, Mateus, que nem é tão alto, fez de cabeça, em lance de bola parada. No gol de Ícaro, aos 35, os dois zagueiros rubro-negros foram envolvidos antes do chute fraco do centroavante entrar no canto de Renan. "O sistema defensivo preocupa, pois tem um tipo de falha que se torna repetitivo: marcar com espaço", resumiu Geninho.

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