Atlético perde para mistão do Santos na Arena

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Falho na defesa, e apático no ataque, o Atlético Paranaense não resistiu ao oportunismo do Santos e perdeu a primeira no Brasileirão. O resultado de 1 a 0 a favor dos visitantes na Arena da Baixada poderia ter sido outro, mas a pontaria dos atleticanos não estava calibrada o bastante para vencer o goleiro Roger.

Mesmo com apenas cinco titulares, o Peixe foi bastante superior no primeiro tempo, etapa na qual conseguiu colocar uma bola na trave logo no princípio de partida, e depois marcar com Rodrigo Tabata. O Furacão, mesmo empurrado pela sua torcida, pouco produziu em termos ofensivos.

Na etapa complementar, os papéis se inverteram, porém faltou uma maior tranqüilidade para aproveitar as oportunidades. Denis Marques e Alan Bahia tiveram até mesmo a chance da virada em seus pés, mas desperdiçaram. Os santistas, por sua vez, ficaram na retranca e conseguiram mostrar muito vigor defensivo.

Na próxima rodada, o Furacão busca a reabilitação em Belo Horizonte no sábado (2), contra o Atlético-MG. Já o Santos só volta a campo pelo Brasileiro no domingo (3), diante do Corinthians. No meio de semana, o jogo é pela Taça Libertadores, contra o Grêmio em Porto Alegre.

"Mistão" do Santos manda nos primeiros 45 minutos

Mesmo sem jogadores-chave, como Fábio Costa, Kleber, Zé Roberto e Maldonado, o Santos não se intimidou dentro da Arena. Pelo contrário. Quem parecia atuar como "visitante" era o Atlético, que mesmo apoiado por um bom número de torcedores, pouco produziu em termos ofensivos.

Tanto que no primeiro minuto, o ex-atleticano Marcos Aurélio mandou uma bola na trave do goleiro Guilherme, mostrando que a equipe paulista estava determinada a não perder a terceira em três jogos no Brasileirão. Na proteção da defesa, outro antigo jogador do Furacão, o volante Rodrigo Souto, marcou como ninguém.

Ao lado de Adriano, ele anulou Ferreira e Evandro, tornando a vida dos atacantes Alex Mineiro e Denis Marques bastante difícil. As poucas chegadas do Furacão se deram pelas laterais, principalmente pela esquerda, com Nei e Marcão, relembrando os tempos em que atuava como lateral. Na direita, Jancarlos esteve mal.

O lado direito do Atlético, aliás, foi o setor pelo qual o Santos mais ameaçou, chegando sempre com liberdade com muito toque de bola entre Carlinhos e Rodrigo Tabata. Com a estratégia de jogar nos erros dos donos da casa, o Peixe largou na frente do placar. O resultado seguiu até o fim do primeiro tempo, para irritação dos atleticanos presentes.

Furacão melhora, mas peca nas finalizações

O técnico Oswaldo Alvarez cobrou mais marcação por parte dos defensores do Rubro-Negro. De certa forma, com a saída de Marcos Aurélio no lado santista, o Atlético passou a neutralizar quase que totalmente o Peixe. Os visitantes, ao contrário da etapa inicial, pouco incomodaram o goleiro Guilherme

Porém, o treinador atleticano também pediu maior movimentação no ataque, o que demorou a acontecer. Quando o time passou a tomar conta do jogo, em busca do empate, foi a vez do goleiro Roger trabalhar nos arremates que chegaram ao gol do Santos. As demais oportunidades de marcar foram desperdiçadas pelos pés descalibrados dos donos da casa.

Na melhor chance, Denis Marques conseguiu chutar para fora em uma jogada na qual a defesa e o arqueiro santista estavam batidos. Com o evidente maior volume de jogo do Furacão, o time paulista só se defendia. Entretanto, entre ter posse de bola, criar chances claras de gols e marcar existe um abismo, o qual os atleticanos não conseguiram superar no decorrer da etapa complementar. Nas arquibancadas, a torcida empurrou a equipe até o fim.

No último lance do jogo, Alan Bahia perdeu, sozinho, embaixo do gol, a chance final do Atlético empatar. Ficaram os protestos, e a primeira derrota neste Brasileirão.