O presidente do Atlético Paranaense, João Augusto Fleury da Rocha, divulgou um comunicado oficial repudiando a suposta violência de jogadores do Grêmio sobre atletas do Furacão durante o empate por 1 a 1 entre as duas equipes, neste sábado, no Olímpico.

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Segundo o dirigente, as contusões do volante Evandro e do atacante Alex Mineiro, que deixaram o campo de ambulância ainda no primeiro tempo, foram resultado de atitude "agressiva e violenta". Fleury também condena o que ele chama de "omissão da arbitragem" em punir tal comportamento (assista ao vídeo com os dois lances).

Confira a nota na íntegra:

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"Repúdio às bestas-feras

Ocorrência de lesões corporais em práticas esportivas invariavelmente está associada ao desrespeito à normas reguladoras da modalidade. No caso de ontem, em que atletas profissionais experientes provocam ferimentos graves em colegas adversários, identificam-se dois fatores imediatos para o fatídico resultado. O primeiro, a atitude agressiva e violenta dos jogadores autores das lesões. O outro fator foi a omissão da arbitragem em coibir e punir tais comportamentos.

O episódio revela a pior faceta da chamada "raça" no futebol. A pretexto de demonstrar autoridade em seu próprio estádio, os atletas gremistas cambiaram de modalidade, partindo do futebol para chegar ao pugilato. Essa atitude não deve ter sido por acaso, porém certamente respaldada pela direção técnica do time de quem lhes paga o salário para abstraírem-se de sua condição de seres humanos para, no dizer de Nelson Rodrigues, transmutarem-se em autênticas bestas-feras.

A selvageria instalada no espírito de tais indivíduos custou graves lesões a dois dos maiores craques do futebol brasileiro. Um, o artilheiro campeão, o outro, jovem convocado em todas as seleções de base em sua promissora carreira. Para recuperá-los, ambos tiveram que se submeter a uma internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre. De lá virão transportados em UTI Móvel Aérea para submeterem-se ao final a cirurgias reparadoras que permitam que voltem aos gramados em um prazo mínimo imprevisível. A dor e o sofrimento dos jogadores, suas famílias, amigos, torcedores não poderão restar impune. Todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para esse infeliz resultado serão chamados à responsabilidade, doa a quem doer.

O árbitro. Tíbio, omisso, indiferente à desumanidade que cambiava à sua volta, será denunciado nos tribunais esportivos, igualmente os agressores, pela violência de seus atos, devem ser banidos do futebol. Outras pessoas ou entidades que de qualquer modo tenham relação com o episódio igualmente pagarão por isso, responderão na Justiça comum pelos danos causados à integridade física dos atletas e aos danos materiais e morais causados às vítimas e ao Clube Atlético Paranaense. Como intransigente defensor dos direitos do Clube Atlético Paranaense, adotarei pessoalmente todas as medidas necessárias para que Alex Mineiro e Evandro recuperem o quanto antes o seu bem-estar físico, emocional e psicológico. E de outra parte, processarei pelos meios legais toda a súcia de malfeitores que pretendem fazer do futebol um meio para extravasar o seu instinto animalesco.

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João Augusto Fleury da RochaPresidente do Conselho Gestor do Clube Atlético Paranaense"