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Furacão foi valente e fez ótima campanha na Copinha, mas não conseguiu a vitória na final contra o Corinthians | Nelson Antoine / Futura Press
Furacão foi valente e fez ótima campanha na Copinha, mas não conseguiu a vitória na final contra o Corinthians| Foto: Nelson Antoine / Futura Press

FICHA TÉCNICA: Acompanhe os lances e detalhes de Atlético x Corinthians

Revelações atleticanas

Apesar de não ter conquistado o título da Copinha, o Furacão tem bons motivos para comemorar. Além da campanha invejável, derrotando grandes equipes como Grêmio, Cruzeiro (no mais emocionante jogo da competição) e São Paulo, o time revelou jogadores que certamente serão aproveitados pelo técnico Geninho no time principal.

Entre as revelações, destacam-se o goleiro Santos, o lateral-direito Raul, o zagueiro Manoel, o volante Fransérgio e o meia Willian, além do atacante Patrick. Todos confirmaram que têm plenas condições de ajudar o time nas disputas do Paranaense e, em um futuro não muito distante, podem render bons lucros à equipe rubro-negra.

O Atlético Paranaense não conseguiu suportar a falta de um jogador – Bruno foi expulso no início do 2º tempo – e acabou derrotado por 2 a 1 pelo Corinthians neste domingo (25), no estádio do Pacaembu, em São Paulo.

No ano em que retorna triunfante à 1ª divisão do Campeonato Brasileiro, o time paulista larga com o pé-direito na temporada ao conquistar o heptacampeonato da Copa São Paulo de Juniores 2008 (antes venceu em 1969, 1970, 1995, 1999, 2004 e 2005).

Emocionado com a vitória, o técnico Adaílton Ladeira desabafou ao final da partida. "Emociona muito. É uma satisfação dar esse prêmio para a torcida e para esses garotos, que não mediram esforços. Muita gente falou que eu era uma bananeira que não daria mais cacho. O presidente Andrés Sanchez confiou em mim e me manteve no cargo. Está aí o resultado", disse o vitorioso treinador, três vezes campeão da Copa São Paulo de Juniores.

O Furacão terminou como o melhor ataque da copinha com 30 gols e encerrou com a sua melhor campanha na história da competição. Entre os melhores momentos do Atlético no campeonato, está a vitória de 10 a 0 sobre o Jacareí e a emocionante vitória de 5 a 4 sobre o Cruzeiro.

Antes do Atlético, o Corinthians empatou com o Paraibano (1 x 1), venceu o Democrata (0 x 3), São Carlos (0 x 1), Sertãozinho (2 x 1), Ponte Preta (3 x 1), Fluminense (3 x 0), além de empatar em 1 a 1 com o Avaí na semifinal, tendo se classificado nos pênaltis (3 a 2).

O Jogo

Durante o jogo, as forças foram equivalentes até a expulsão do defensor Bruno, do Furacão. Para muitos, foi uma injusta, já que o jogador acertou a mão no rosto do adversário durante uma dividida, mas com um a menos, o Atlético se fechou. Depois de uma série de jogadas perigosas, todas terminando nas mãos do goleiro Santos – destaque no Furacão na Copinha – o Corinthians chegou ao seu gol com Fernando Henrique. Jadson ampliou em seguida, mas Patrick diminuiu e pôs fogo na partida, que terminou em ritmo muito acelerado.

Bola no travessão não anima

A partida começou bastante equilibrada. Não foram criadas muitas chances de gols nos primeiros 45 minutos, mas na melhor delas foi o Atlético quem quase abriu o marcador. Eduardo Salles recebeu uma bola de frente para o gol aos 16 minutos e arriscou o arremate de longa distância. A bola saiu com efeito e acertou o travessão do goleiro André Dias.

Os times tentavam encaixar suas jogadas, mas a marcação dos dois lados se destacava. Conduzido pelo meia Bruno, o time do Corinthians começou a dominar o jogo no meio de campo e as jogadas passaram a sair com mais freqüência.

Dos 25 aos 35 minutos, os paulistas estiveram bem próximos de abrir o placar. Na melhor das chances, Boquita e Jason tabelaram – um de peito, outro de cabeça – dentro da área adversária. A bola sobrou para Jadson de cara para o gol, mas o jogador exagerou na força e mandou por cima da meta de Santos.

O goleiro atleticano, aliás, teve grande destaque neste momento do jogo. Diante da pressão corinthiana, o camisa 1 do Furacão fez grandes defesas. A principal delas no arremate de Bruno, aos 33 minutos. Depois de driblar seu marcador, ele chutou forte de média-distância. Com os pés, Santos defendeu providencialmente.

Segundo tempo eletrizante

A segunda etapa começou eletrizante. Logo aos 3 minutos, depois de um chute cruzado de Marcelinho, a bola sobrou para o meia Douglas que aparecia livre de marcação e de cara para o gol. De primeira, o jogador tentou o arremate, mas pegou muito embaixo da bola e mandou pela linha de fundo, desperdiçando grande chance para o Corinthians.

Aos 11 minutos o Atlético ficou com um jogador a menos. Em dividida, Bruno esticou o braço e acabou acertando o rosto de Fernando Henrique. O árbitro foi severo e mostrou cartão vermelho para o defensor atleticano, sem nem mostrar o amarelo.

Na pressão, o Corinthians buscava o primeiro gol. Aos 18 minutos, uma das jogada mais polêmica da partida. Depois da cobrança de um escanteio de Bruno, a bola bateu na mão do zagueiro Manoel, do Furacão. No rebote, sem marcação e com o gol aberto, Fernando Henrique erra o arremate e perde chance incrível. Os corinthianos foram para cima da arbitragem pedindo pênalti no lance anterior. Fábio de Jesus Volpato não marcou nada e mandou o jogo seguir.

Três gols nos 15 minutos finais

O gol corinthiano estava próximo. Jogando da metade para frente no campo, o time alvinegro pressionou o Atlético nos minutos seguintes, mas esbarrou na grande fase do goleiro Santos, um dos principais jogadores do Furacão na Copinha. Contudo, aos 32 minutos, não teve jeito. Depois do chute de Douglas, Manoel interceptou e tirou o perigo. Na sobra, o mesmo Douglas tocou para Fernando Henrique, dentro da área, bater colocado, no ângulo do goleiro rubro-negro.

Um minuto depois o Atlético aproveitou a euforia corinthiana e diminuiu. Em lançamento de Willian, Patrick invadiu a área e antes do goleiro André Dias alcançar, o atacante desviou com a ponta da chuteira e marcou o gol atleticano. O jogo ficou nervoso e eletrizante. Nos minutos seguintes, tendo que se segurar, o Corinthians acabou tendo dois jogadores expulsos (Guilherme e Boquita). Mas não deu mais tempo. Corinthians campeão

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