Weverton nos primeiros anos de Atlético, com a medalha olímpica e já nos últimos dias.| Foto: /

O goleiro Weverton foi cortado do jogo com o Palmeiras, neste domingo (3), às 17 horas, na Arena da Baixada. Após mais de cinco anos defendendo o Furacão, o arqueiro de 29 anos está próximo do término de seu contrato e sua transferência para o próprio Palmeiras está praticamente concretizada.

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Neste sábado, o presidente do Furacão, Mario Celso Petraglia esteve no hotel que a delegação dos paulistas estava concentrada para negociar a transferência de Weverton. Ainda não se sabe se a ausência do goleiro na última rodada faria parte do acordo.

Com a camisa do Rubro-Negro, foram até então 312 partidas e o título do Estadual de 2016, além das excelentes campanhas na Copa do Brasil (vice-campeão) e Brasileiro (3º lugar) em 2013.

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A passagem do goleiro pela Baixada ainda ficou marcada pela conquista da inédita medalha de ouro na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, quando Weverton defendeu uma cobrança na decisão por pênaltis com a Alemanha, no Maracanã.

Desconfiança

 

Weverton Pereira da Silva desembarcou no CT do Caju em junho de 2012, credenciado pelo acesso com a Portuguesa em 2011. Natural do Acre, foi revelado pelo Corinthians e rodou por clubes de pequena expressão até despontar na Lusa. Na difícil campanha do acesso à Série A em 2012, pelo Furacão, teve algumas falhas e provocou desconfiança na torcida rubro-negra.

Afirmação

 
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No ano seguinte, seguiu como titular da meta do Furacão, sem concorrentes na posição, e teve desempenho consistente nas ótimas campanhas no Brasileiro (3º lugar) e Copa do Brasil (vice-campeão). Entretanto, era ainda um personagem secundário no cenário do Furacão, que tinha destaques como Paulo Baier, Marcelo e Éderson.

Idolatria

 

Já inquestionável na meta rubro-negra, Weverton começou a experimentar a idolatria do torcedor e se tornou capitão da equipe. Um momento, em especial, marcou a virada no conceito do atleta com os rubro-negros. Em jogo pela pré-Libertadores, o camisa 12 foi fundamental no triunfo dramático na decisão por pênaltis diante do Sporting Cristal, do Peru, 5 a 4, após 1 a 1 no tempo regulamentar. A partir daí, o jogador passou a se especializar em evitar gols da marca da cal. Em 29 cobranças contra Weverton, seis foram defendidas, quatro na trave, três para fora e 16 balançaram as redes.

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Medalha histórica

 
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Com o status de pegador de pênaltis, Weverton foi chamado pelo técnico Tite para a Olimpíada do Rio de Janeiro, para o lugar de Fernando Prass, do Palmeiras, contundido. Último atleta a ser convocado, acabou sendo um dos protagonistas da conquista da inédita medalha de ouro. Na decisão por pênaltis com a Alemanha, após o 1 a 1 no tempo normal, o atleticano barrou a última cobrança adversária (foto acima). Na sequência, Neymar converteu e garantiu o título.

Despedida melancólica

 

O último ano de Weverton com a camisa do Furacão foi melancólico. Com a equipe instável, o arqueiro colecionou falhas, com destaque para um dos gols do Santos na derrota por 3 a 2, na Vila Capanema, pelas oitavas da Libertadores. O desempenho ruim chegou a provocar vaias dos torcedores e fez o acreano perder espaço na seleção brasileira principal do técnico Tite. Por fim, nem o jogador, nem a diretoria do clube, trataram abertamente da saída.