O Atlético divulgou, na tarde deste domingo (2), por meio do site oficial do clube, uma carta aberta pedindo desculpas para os torcedores por não disputar a partida contra o Santos na Arena da Baixada (veja a publicação na íntegra). Além disso, definiu o imbróglio com o Coritiba pelo aluguel do Couto Pereira como um “teatro argumentativo”, criticando o rival com palavras duras, colocando um suposto ciúme por parte do tradicional adversário.
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“Para reforçar o teatro argumentativo que impedia a utilização do seu estádio, o Coritiba sacrificou sua própria torcida, locando (apenas no dia 26/06) o estádio da Vila Capanema para jogar no dia 02/07 e, de maneira inconsequente, criou sobre si um passivo indenizatório em favor do CAP. Ainda, com a postura de rompimento, tornou extremamente difícil qualquer relacionamento Institucional entre as Agremiações”, traz o texto, assinado pelos conselhos presididos por Mario Celso Petraglia e Luiz Sallim Emed.
Diz ainda que a ação alviverde foi fruto de inveja. “Esse agir do Coritiba foi um desrespeito com nossa Instituição, com nossos torcedores e com a boa-fé contratualmente assinada. Tal postura só encontra justificativa no habitual inconformismo com o inquestionável crescimento exponencial do Atlético, tanto no cenário nacional como internacional, fruto de um projeto sério, audacioso e que sempre contou com o incondicional apoio de sua apaixonada torcida.”
O duelo contra o Santos pela Libertadores ocorre na próxima quarta-feira (5), às 19h15, na Vila Capanema, já que o estádio atleticano está alugado para a Liga Mundial de Vôlei, que começa nesta terça-feira (4) e vai até o próximo sábado (8). O jogo de volta entre Santos e Atlético será no dia 10 de agosto, na Vila Belmiro.
Leia a carta aberta na íntegra
O Clube Atlético Paranaense, por meio de seus Conselhos Administrativo e Deliberativo, vem apresentar sincero pedido de desculpas a todos os nossos associados e torcedores, especialmente para aqueles que eventualmente não terão a oportunidade de presenciar a partida do CAP na Vila Capanema, pela Conmebol Libertadores Bridgestone.
Igualmente, manifestamos que compreendemos a importância desta partida para a história do nosso Clube, esclarecendo que a Administração jamais teria cogitado jogar uma partida tão importante fora da nossa casa se não houvesse a existência de contrato assinado que estabelece a cessão do estádio Couto Pereira, apto a comportar nossa grandiosa torcida. Lamentamos ter acreditado na palavra, na seriedade e no compromisso de pessoas que ocupam cargos de relevo e que, de forma impensada e, de certo modo, até amadora, tomam infaustas decisões que somente prejudicam o fortalecimento do futebol paranaense. Infelizmente, ainda persiste a paixão negativa que toma conta de pessoas que habitam o futebol e diminuem a beleza do esporte, ignorando que a essência da competitividade deve ser resguardada tão somente dentro das quatro linhas.
Esta Gestão confiou em acordo firmado e se pautou na premissa de ajuda recíproca entre Atlético e Coritiba Foot Ball Club, o qual inequivocamente disciplinava, por prazo indeterminado, o regramento geral para múltiplas cessões temporárias entre si de seus estádios, sempre que houvesse necessidade.
E foi de forma deliberada que os gestores do “coirmão” pós-fabricaram argumentos para descumprir o que assinaram e com o que se comprometeram. Isso porque a definição da tabela da Libertadores só ocorreu no dia 16 de junho, quando imediatamente o Atlético contatou o Coritiba, que prontamente sinalizou que cumpriria o contrato. Pediu um valor maior do que estava no contrato. O Atlético concordou. No dia 19 de junho, já com o valor ampliado, o Atlético oficializou o pedido de cessão.
No dia 23, o Coritiba confirmou a cessão, como noticiaram todos os veículos de imprensa. No entanto, no mesmo dia, pressionado pela sua torcida, mudou de opinião e criou um problema no gramado para justificar o descumprimento do contrato, somente quando então iniciou o processo de implementação da grama de inverno no Couto Pereira
Para reforçar o teatro argumentativo que impedia a utilização do seu estádio, o Coritiba sacrificou sua própria torcida, locando (apenas no dia 26/06) o estádio da Vila Capanema para jogar no dia 02/07 e, de maneira inconsequente, criou sobre si um passivo indenizatório em favor do CAP. Ainda, com a postura de rompimento, tornou extremamente difícil qualquer relacionamento Institucional entre as Agremiações.
Esse agir do Coritiba foi um desrespeito com nossa Instituição, com nossos torcedores e com a boa-fé contratualmente assinada. Tal postura só encontra justificativa no habitual inconformismo com o inquestionável crescimento exponencial do Atlético, tanto no cenário nacional como internacional, fruto de um projeto sério, audacioso e que sempre contou com o incondicional apoio de sua apaixonada torcida.
De outro lado, cabe aqui agradecer e enaltecer a postura do Paraná Clube, de seus dirigentes e de sua torcida, que mostraram grandiosidade ao ceder seu estádio para a realização desta importante partida do Atlético – um representante do futebol Paranaense - em sua 5ª participação na Conmebol Libertadores.
Devemos também agradecer o empenho e a compreensão da CBF e da Conmebol no trato da questão e por autorizar a realização desta partida em nossa cidade.
Por derradeiro, é dentro deste cenário que vimos aqui assegurar nosso compromisso com toda a Nação Atleticana de que não haverá mais nenhum evento na Arena da Baixada que possa conflitar com a agenda de partidas importantes, emblemáticas e estratégicas em competições que o Clube Atlético Paranaense dispute.
CONSELHO DELIBERATIVO
CONSELHO ADMINISTRATIVO
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