Atlético pode ser punido por sutil apoio a Bolsonaro antes de jogo na Arena

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O Atlético-PR pode ser punido por ter feito manifestação política antes da vitória por 4 a 0 sobre o América-MG, no último sábado (6), na Arena da Baixada.

A maioria dos jogadores do Furacão entrou em campo com uma camisa amarela com a frase “vamos todos juntos por amor ao Brasil” texto que tem sido usado nas campanhas de apoiadores do candidato à presidência, Jair Bolsonaro.

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Antes da partida, o presidente atleticano Mario Celso Petraglia já havia declarado apoio a Bolsonaro nas redes sociais .

O ato foi relatado na súmula do jogo pelo árbitro Raphael Claus (Fifa-SP) e pode ser investigado pela Fifa. No artigo 4 de seus estatuto, a principal entidade do futebol mundial proíbe que confederações e clubes filiados façam manifestações políticas em partidas. A punição vai de multa até exclusão de competições.

Muito embora o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) não preveja sanções específicas para este tipo de incidente, há possibilidade de a procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) abrir investigação baseado em artigo que prevês “casos especiais”.

“Todas as ocorrências da rodada já foram encaminhadas para análise da Procuradoria. É necessário aguardar. Ainda não sabemos se haverá ou não denúncia”, explicou, via assessoria de imprensa, o STJD. Indagado pela reportagem, o procurador-geral Felipe Bevilacqua não respondeu à reportagem até o momento desta publicação.

No entanto, mesmo se o STJD não avançar na denúncia, a própria Fifa pode fazê-lo através de seu Comitê Disciplinar.

Além da camisa amarela usada por quase todos os jogadores – somente o zagueiro Paulo André se recusou a vesti-la — o Atlético também colocou mensagens no estádio, trocando a palavra “Furacão” pela palavra “Brasil” em uma faixa fica nas arquibancadas.

Recentemente, o volante do Palmeiras, Felipe Melo, dedicou um gol a Bolsonaro em entrevista pós-jogo do Brasileirão e entrou na mira do STJD. Houve a possibilidade de abertura de procedimento contra o atleta, mas não houve avanço.

A reportagem buscou contato com Mario Celso Petraglia, mas não obteve resposta.

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