Com ingressos praticamente esgotados para a partida decisiva entre Santos e Atlético, quinta-feira (10), às 21h45, pelas oitavas de final da Libertadores, a tradicional Vila Belmiro reviverá no duelo o status cada vez mais raro de alçapão lotado.
TABELA: Veja o chaveamento completo da Libertadores
Os números do Peixe em 2017 esclarecem o cenário. Os cinco maiores públicos da equipe no ano aconteceram no Pacaembu, em São Paulo, distante cerca de 70 quilômetros da Vila. Já o maior público na temporada em sua casa litorânea foi em março, contra o Strongest-BOL, pela própria Libertadores: 13.132 pagantes, casa praticamente lotada. Uma exceção.
Carneiro Neto
“Atlético está revigorado”, ouça o comentário
Considerando todas as competições, o Santos mantém média de 8 mil pagantes na Vila Belmiro no ano - o estádio tem capacidade para 16 mil. Número que o deixaria somente na 22.ª posição no ranking de maiores médias entre times das Séries A, B e C, considerando todas as competições da temporada.
Com esta média, o Peixe ficaria atrás de equipes como Chapecoense, Remo e Ceará. Levando em conta somente times da elite nacional, a média do Peixe na Vila o deixaria na “zona de rebaixamento” dos públicos de 2017, à frente apenas de Ponte Preta, Atlético-GO e Avaí.
Somados os jogos santistas no Pacaembu, entretanto, a média sobe para 12.544 e deixa o time com o 13.º melhor desempenho dentre todos os clubes brasileiros.
O maior público do Santos no ano foi nas quartas de final do Campeonato Paulista, quando 33.236 espectadores pagaram para ver a eliminação do time nos pênaltis para a Ponte Preta, após triunfo de 1 a 0 no tempo regulamentar, no Pacaembu.
Vale lembrar que o Peixe chegou a ostentar série de 20 vitórias seguidas no estádio da capital paulista, terminada apenas em junho deste ano, após empate sem gols com a própria Ponte Preta, no Campeonato Brasileiro.
Provocação
Os baixos públicos do Santos na Vila Belmiro renderam até mesmo uma provocação do polêmico volante Felipe Melo, que atuava pelo Palmeiras e foi recentemente afastado do elenco.
“A gente está acostumado a jogar em caldeirão. Nunca vi caldeirão com cinco mil, oito mil [pessoas]”, disparou após a vitória por 2 a 1 sobre o Peixe, pelo Campeonato Paulista. Na ocasião, o público pagante foi de 8.742 pessoas, próximo da média santista no estádio em 2017.
Vila Belmiro x Pacaembu
O panorama levanta uma pergunta inevitável: em meio às dificuldades financeiras, por que o Santos não manda mais jogos no Pacaembu, onde atrai mais público e, consequentemente, angaria mais renda?
Em 2016, por exemplo, o time chegou a manter o dobro de média de público e coletar o dobro do lucro que vinha obtendo na Vila.
A resposta passa pela familiaridade dos atletas atuando dentro da tradicional casa, pelo sentimento de fidelidade junto ao torcedor que vive em Santos e pela pressão dos detentores de camarotes na Vila Belmiro, em sua maioria conselheiros do clube, que não aceitariam uma troca para a capital paulista.
A mudança do jogo contra a Ponte no Paulistão, inclusive, gerou críticas do time, que queria atuar na Vila, mesmo com muito menos público. “Vamos atuar onde a diretoria quiser. Somos produtos”, disparou na ocasião o atacante Ricardo Oliveira.
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