Ex-rival, Carleto se consolida como ‘motor’ do Atlético de Fernando Diniz

O Atlético de Fernando Diniz é composto por Thiago Carleto, garimpado a dedo no maior rival, e mais 10. O lateral de 29 anos , ex-Coritiba, é o principal ‘motor’ da proposta de jogo rubro-negra. Segundo dados do Footstats, é quem mais finaliza (31), quem mais cruza a bola na área (127) e o segundo que mais faz passes (575, ficando atrás apenas de Camacho, com 637). Parte desses números também se deve ao fato de que o atleta, que rapidamente conseguiu abafar qualquer indício de resistência da arquibancada por ter defendido o Alviverde, é o principal cobrador de bolas paradas no Furacão. Mantê-lo em jogo até o último minuto significa levar perigo em faltas próximas à área adversária.

Carleto já vinha se destacando pela regularidade em campo e ganhou ainda mais protagonismo no último mês antes da parada para a Copa do Mundo: participou dos últimos quatro gols da equipe no Brasileirão, cinco se levar em conta a Copa do Brasil, em que fez o único gol do Furacão no jogo de ida das oitavas de final, diante do Cruzeiro. Nos outros embates, foram duas assistências (Atlético-MG e Santos), um gol (América-MG) e a cobrança de falta que originou o gol de Guilherme no rebote do goleiro (Santos).

Líder em assistências da equipe na temporada, o jogador esteve presente em 100% dos jogos que poderia disputar no time de Diniz - estava suspenso na Sul-Americana. Ao todo, 19 partidas com a camisa rubro-negra: 12 pelo Brasileirão e 7 pela Copa do Brasil.

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O camisa 26 só foi substituído duas vezes neste ano, sempre na Série A. Na derrota para o Palmeiras (3 a 1) deu lugar ao atacante Bergson, ainda na 4.ª rodada. Depois, aqueceu o banco na rodada 9, no revés para o América-MG (3 a 1), dando lugar a Renan Lodi, seu substituto imediato na lateral esquerda. Foi, inclusive, a única vez em que Lodi entrou no lugar do titular. Nas outras quatro vezes em que Lodi entrou em campo, Carleto foi improvisado como zagueiro para o time não perder sua principal arma ofensiva.

A sintonia entre técnico e comandado é boa fora de campo também. Além de trocas de elogios, em várias ocasiões um saiu em defesa do outro. “Eu acredito nesse trabalho. Não está tudo errado. Eu tenho certeza de que daqui até dezembro vamos fazer coisas muito grandes no Atlético”, desabafou, após a derrota para o Botafogo, na saída de campo no Engenhão.

Diniz retribui o apoio. Depois da vitória contra o Santos, o técnico até exagerou ao falar do jogador. “Tem alma para jogar futebol, sabe marcar território. Ele é muito decisivo na bola parada, com chutes de longa distância, viradas de jogo e cruzamentos. Tem um caráter firme, é um jogador que a gente pode contar, quando está difícil ele sempre se apresenta. Um profissional exemplar e decisivo”, declarou.

Contratado ainda em dezembro do ano passado, logo após o rebaixamento do rival Alviverde, Carleto tratou de ganhar a torcida rubro-negra. “Muito feliz em vestir essa camisa. Conto com o apoio de todos os atleticanos nesse ano que tem tudo para ser especial para nós. #MelhorLugarDoBrasil #VamosFuracao”, escreveu nas redes sociais, irritando os antigos fãs e conquistando pontos no então novo lar.

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