Adriano Gabiru se aposentou do futebol no ano passado, após 20 anos de carreira em mais de 15 clubes. Seu grande parceiro no mundo da bola, o curitibano Perdigão pendurou as chuteiras há quase uma década. Ambos jogaram no Atlético, com o primeiro sendo campeão brasileiro em 2001. O segundo também passou pelo Paraná.
A dupla, no entanto, não para de colher frutos de duas conquistas que completam 12 anos em 2018. Campeões da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes pelo Internacional, em 2006, Gabira e Perdiga são cultuados pelos colorados e viraram figuras carimbadas em eventos da torcida – e até em rótulos de cerveja.
Ao lado dos zagueiros Índio e Fabiano Eller, eles estampam a Cerveja Ídolos, voltada à metade vermelha do Rio Grande do Sul. Enquanto Gabiru é do estilo IPA, Perdigão empresta seu nome e imagem a uma Red Ale.
“É uma cerveja mais forte, encorpada. Pela nossa história no clube, vieram atrás para fazermos essa parceria. Neste domingo estamos lá em Porto Alegre para promover a cerveja em uma festa organizada pelo D’Alessandro”, diz Adriano, autor do gol da vitória na decisão contra o Barcelona.
Hoje quarentões, Gabiru e Perdigão são muito requisitados para aparecer em eventos organizados por consulados de torcedores do Inter. Os bastidores, aliás, vão parar no Instagram do paranaense.
Normalmente, a dupla tem passagens pagas e também recebe cachê para fazer a presença VIP, quando fazem a alegria e matam a curiosidade dos fãs com histórias do tempo em que ainda estavam em campo.
“Em 95% dos casos nos pagam cachê e passagem. Mas o negócio é bom porque conseguimos fugir da rotina. Às vezes nos chamam uma vez por mês, mas tem meses em que fazemos cinco eventos. E não é só em Porto Alegre. É no interior, em Ijuí, Santa Maria, Pelotas. Também no Paraná, em Cascavel ou Marechal Cândido Rondon. Onde tem colorado, estamos lá”, fala Perdigão, que é só elogios à torcida colorada.
“A torcida do Inter é diferente. O Rio Grande do Sul é como se fosse um país e lá todos são patriotas e apaixonados. Nos chamam para os eventos, batemos papo com os torcedores, tiramos foto. É como se fossemos deuses para eles. Mas ainda não consigo entender essa idolatria toda”, brinca.
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