Principal aposta para revolucionar e modernizar o futebol do Atlético nos últimos cinco anos, o Departamento de Informação de Futebol (DIF) teve decretado seu fim, no último final de semana, com a demissão de William Thomaz, idealizador e gestor do órgão desde 2012.
Ex-preparador físico e personal trainer de jogadores de futebol, Thomaz era o gestor do importante departamento responsável por rastrear e prospectar novas contratações de técnicos e jogadores, além de auxiliar o Furacão a impor um modelo tático (4-2-3-1) e estilo de jogo permanentes em todas as categorias do clube, da base ao profissional.
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“O DIF já não existia há um bom tempo, estava diluído dentro de outras funções e responsabilidades dentro do clube”, garante o próprio Thomaz. O gestor assegura ainda que sua demissão não teve um motivo específico e que apenas representou o fim de um ciclo de trabalho no Atlético.
“Não saio brigado com ninguém, são cinco anos, deu para fazer muita coisa, queria deixar uma mensagem de agradecimento ao clube. O Atlético subiu de patamar e hoje é reconhecido nacionalmente na parte conceitual, filosófica e de tecnologia. Deu um salto”, defende.
Apesar da proeminência no Furacão, Thomaz teve poucas aparições públicas no período em que esteve no clube, situação que ele próprio atrela à política interna imposta pela diretoria do Atlético.
“Fui metralhado na imprensa, sem vocês saberem 10% do que fazia dentro do clube. A verdade sempre aparece. Acho até um pouco injusta a maneira como a imprensa se porta cravando informações sem ter conhecimento”, desabafa.
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A saída de Thomaz e o fim do DIF abrem “um vácuo” no departamento de futebol atleticano em 2018, que, readaptado, é comandado pelo presidente do Conselho Deliberativo, Mario Celso Petraglia, ao lado do técnico Fernando Diniz, que assumiu o cargo de coordenador técnico geral do clube.
Thomaz, DIF e Petraglia
William Thomaz foi o idealizador do DIF, órgão que já contou com outras duas peças: Luiz Greco, contratado inicialmente para ser diretor internacional, e Pedro Martins, que migrou do departamento de marketing do clube. Ambos já haviam deixado a Baixada.
Desde 2012, data de sua criação, o DIF teve papel estratégico na vida do Furacão, na captação, avaliação e negociação de atletas, dentre outras tomadas de decisão — como definir quem estaria fisicamente apto para as partidas, através do uso do sistema da empresa norte-americana Exos, em parceria que também já foi rompida pelo Atlético.
Sinônimo de “renovação” e “quebra de paradigmas” no clube, foi o DIF, por exemplo, o responsável pela vinda de treinadores até então desconhecidos do cenário nacional como Fabiano Soares, o português Sérgio Vieira e o uruguaio Juan Ramón Carrasco, por exemplo, que treinaram o time desde 2012.
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