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Choco e Raul durante passagem no Atlético: chance desperdiçada. | Arquivo Gazeta do Povo
Choco e Raul durante passagem no Atlético: chance desperdiçada.| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Considerados joias do futebol paranaense, alvos de disputa entre Atlético e Coritiba, o lateral Raul e o meia Choco poderiam estar hoje no auge da carreira, ambos com 27 anos. Uma década mais tarde, entretanto, lutam por uma segunda chance no futebol.

A história da dupla de promessas parte de 2005. Com apenas 15 anos, Choco e Raul eram os destaques das categorias de base do Alviverde, quando acabaram contratados pelo rival rubro-negro. A negociação estremeceu a relação dos rivais (veja matéria da Gazeta do Povo ao lado).

GALERIA: Veja imagens de Choco e Raul pelo Atlético

Giovani Gionédis, presidente do Coxa na época, acusou o Furacão de “roubar” as duas promessas do Alto da Glória. João Augusto Fleury da Rocha, então presidente do Atlético, rebateu: “Em momento algum fomos fazer a cabeça de alguém”.

“Foi até estranho. Eu tinha só 15 anos e não imaginava a repercussão que deu na época. Sabia que eu era uma promessa do Coritiba, mas não sabia que ia dar toda aquela briga que deu nos bastidores”, relembra Raul, que teve contrato de profissional com o Atlético de 2009 a 2012.

Os problemas fora do campo marcam a trajetória da dupla de insucesso nos gramados. Raul e Choco confessam que se deixaram levar pela fama repentina e perderam o prumo da carreira. Vacilo que ambos se arrependem.

“Não vou mentir, aprontei. Era imaturo, separado, ganhava bem e gostava do meu churrasco. Ia para noite, mas também não era aquele cara que também estava todo dia. Nunca deixei de ser bom profissional”, revela Choco, que colecionou passagens pelas seleções de base do Brasil e teve acerto com o Atlético de 2008 a 2010.

Raul, hoje casado e com três filhos,vai na mesma linha: “Mudaria as escolhas que eu fiz quando eu era mais jovem. Virei titular rápido e não soube assimilar. Peguei fama de baladeiro e muita gente me julga pelo passado”.

Os dois também conviveram com outros problemas típicos do futebol. Como negociações desastradas, desacertos com cartolas, lesões e experiências ruins no exterior. Choco chegou a jogar no futebol da Geórgia e em 2015 voltou ao Atlético, mas apenas de passagem.

Agora, com a idade da maturidade para jogadores de futebol, os dois estão longe do profissionalismo. Recentemente, jogaram juntos pelo Coritiba um campeonato de FUT 7, disputa em campo sintético. E estão à procura de espaço.

Choco, primeiro à esquerda agachado. e Raul, terceiro da direita para a esquerda, em pé. Dupla representou o Coritiba no Fut 7.

Neste segundo semestre, Raul vai defender o Vila Fanny na tradicional Suburbuna de Curitiba. “A gente sempre sonha em jogar em time grande. Espero poder manter a forma e ter uma chance no Estadual do ano que vem”, confia.

Choco, por sua vez, está sem clubes desde que disputou o Campeonato Goiano de 2016. “Entro naquela estatística da maioria dos jogadores brasileiros que trabalham quatro meses e ficam oito desempregados. Mas o sonho não morre”, conta.

  • Netinho e Choco em treino do Furacão.
  • Choco disputa bola com Irênio em 2008.
  • Choco no CT do Caju.
  • Choco no Rubro-Negro.
  • Raul em ação pelo Atlético.
  • Raul no Furacão.
  • Wallyson e Raul.
  • Raul no Paranaense.
  • Raul em treinamento no CT.
  • Raul no CT do Caju.
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