O meia Felipe Gedoz, do Atlético, foi o personagem e destaque do clássico contra o Coritiba que terminou empatado por 1 a 1 na manhã deste domingo (10), pela 23ª rodada do Brasileirão, na Arena da Baixada.
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Por opção do técnico Fabiano Soares, o jogador de 24 anos não entrava em campo desde a 17ª rodada, na vitória sobre o Vasco, em 31 de julho. Mas no segundo tempo do Atletiba, com o Furacão atrás no placar, Gedoz foi chamado por Soares e decidiu. Além de sofrer e converter o pênalti que garantiu o empate, o meia acertou a trave em cobrança de falta.
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“Eu não tenho e nunca vou ter raiva do Fabiano. Ele é o treinador e é quem manda. Se ele optou por me deixar de fora todo esse tempo, foi escolha dele. Mas de semanas para cá, eu mostrei para ele que não mereço ficar fora do time”, comemora o meia, que custou R$ 5 milhões no início do ano, sendo a segunda contratação mais cara da história do Atlético.
Por problemas de peso e com a vida noturna agitada fora de campo, Gedoz fez apenas 19 jogos no ano e marcou seis gols, contando com o tento anotado no clássico. O período turbulento vivido no Rubro-Negro fez o atleta desabafar.
“Minha primeira escolha era ir embora porque eu não estava acostumado com essa pressão. Nunca tinha jogado no Brasil, fiquei sete anos fora. Mas é bom que acontecem essas coisas porque aprendemos com os nossos erros e eu aprendi bastante”, revela o jogador, que atuava no Brugge, da Bélgica.
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“Tenho que estar preparado para a relação com a torcida. Há três meses os torcedores queriam a minha cabeça. E aqueles que me criticaram, hoje me aplaudem. Mas eu nunca dei bola para torcedor porque é assim. Eles têm todo o direito de cobrar. Eu não estou aqui para roubar dinheiro do clube”, desabafa.
Mas o treinador mantém o tom crítico em relação ao jogador e não garante que ele voltará a ser titular na próxima rodada, contra o Fluminense, no próximo domingo (17), na Baixada.
“Ele treinou de forma impressionante e toda vez que for assim ele vai jogar. Cobrou uma falta impressionante [na trave], fez um gol de pênalti. Mas eu preciso que ele jogue sem ser bola parada. O Gedoz pode muito mais do que isso”, diz Soares.