Nikão diz que crise entre torcida e diretoria do Atlético atinge o time em campo

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O Atlético tem o jogo contra o Cruzeiro como um escape da briga entre torcida, técnico e diretoria. Na zona intermediária da tabela, com 42 pontos, o Furacão ainda corre atrás de uma vaga para a Libertadores do ano que vem, mas vê o clima esquentar após o empate por 0 a 0 diante a Chapecoense no último sábado (28).

Na sexta-feira (27), a oposição da diretoria atual do clube protocolou o documento que pede a convocação da Assembleia Geral de Sócios. No mesmo dia, o técnico Fabiano Soares cobrou que os torcedores apoiassem mais a equipe.

Entretanto, o tropeço contra a Chape aumentou a bronca da torcida, assim a irritação do comandante atleticano em relação às cobranças. Além disso, com as organizadas proibidas de entrar na Arena da Baixada, os torcedores vem fazendo protestos durante os jogos na Praça Afonso Botelho, localizada em frente ao estádio atleticano.

Para melhorar, o duelo do final de semana marcou o segundo pior público do clube neste Brasileirão - foram 9.774 pagantes, com um total de 10.529 pessoas. O único jogo com menos espectadores foi o empate por 2 a 2 contra o Atlético-GO na 27ª rodada, com 5.864 pagantes e 7.537 torcedores.

Questionado se o clima afeta os jogadores dentro de campo, o meia Nikão não escondeu a verdade e desabafou sobre o impacto da realidade atual sobre o elenco.

“Não posso ser hipócrita e falar que está tudo bem, que não está atrapalhando. Não vou me meter nesse tipo de situação. A torcida sabe o quanto eles são importantes nos apoiando e o quão forte somos dentro da nossa casa, mas infelizmente estão acontecendo essa situação e acaba respigando dentro de campo nos jogadores. É levantar a cabeça porque tem pessoas capacitadas para resolver esse tipo de situação”, avaliou.

O camisa 11 está à disposição do técnico Fabiano Soares e pode ser aproveitado no duelo diante a Raposa. A partida, válida pela 32ª rodada, está marcada para às 17h do próximo domingo (21).