Não há feito igual ao de Ziquita na história do futebol. Ex-jogador do Atlético-PR , o atacante entrou para a galeria dos ídolos inesquecíveis do clube rubro-negro no dia 5 de novembro de 1978. Proeza que completa 40 anos nesta segunda-feira (5).
A façanha ocorreu no Campeonato Paranaense. O Furacão perdia o clássico para o Colorado por 4 a 0 em pleno J oaquim Américo. Com a goleada, torcedores rubro-negros já deixavam o estádio quando o centroavante grandalhão empatou o jogo marcando quatro gols em apenas 13 minutos.
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Aos 65 anos, Gilberto de Souza, o Ziquita, se recupera de um acidente vascular cerebral (AVC) sofrido há um ano e meio, em Governador Valadares, Minas Gerais, onde mora com a esposa, Maria da Graça. Em fevereiro, a Gazeta do Povo revelou que o ex-atleta passava por dificuldades para realizar o tratamento e que a família precisava de ajuda.
Oito meses depois, o cenário é diferente -- e melhor. O ex-jogador recebeu doações de torcedores e o Atlético fez uma ação para ajudar o ídolo. Até hoje o clube envia aos familiares royalties e lucros das vendas dos produtos da linha “Ziquita – Herói do Povo”, que engloba camisa retrô e pôster do jogo histórico.
Em contato por telefone, Ziquita agradeceu o carinho. Ele está progredindo no tratamento e faz sessões de fisioterapia para abandonar a cadeira de rodas. “Quero mandar um abraço para todos vocês. Estou bem, tranquilo. É muito bom lembrar de tudo”, disse o ex-jogador, que ainda enfrenta dificuldades para se comunicar.
A esposa, Maria da Graça, também fez questão de agradecer a ajuda para o tratamento de Ziquita. “O que vocês [clube e torcida] fizeram não tem preço. Nós somos muito gratos ao povo de Curitiba. Eu nunca vi nada igual na minha vida. Isso não existe. Foi um presente de Deus que vocês nos deram”.
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Parecido, mas nunca igual
Nos maiores campeonatos, temos alguns feitos parecidos com o de Ziquita. Mas não iguais. A analogia é feita apenas para mostrar a raridade da façanha do atleticano ao empatar um jogo praticamente perdido, com quatro gols seguidos nos 13 minutos finais de jogo.
O mais famoso caso é o do polonês Lewandowski, pelo Bayern de Munique, em 2015. No Alemão, o atacante saiu do banco de reservas e marcou cinco gols em nove minutos diante do Wolfsburg. Ele entrou no intervalo. Porém, o jogo estava apenas um a zero para o rival e os gols saíram ainda no início do segundo tempo.
Quem também saiu da reserva para brilhar foi o norueguês Solskjaer, pelo Manchester United, no Campeonato Inglês, em 1999. O ex-atacante entrou no meio da etapa final e balançou as redes do Nottingham Forest quatro vezes em 10 minutos. Porém, o placar já estava 4 a 1 e terminou 8 a 1.
A façanha mais recente foi marcada pelo craque francês Mbappé. Companheiro de Neymar no PSG, o atacante de 19 anos fez, neste ano, quatro gols em 13 minutos na goleada sobre o Lyon no Campeonato Francês. O jogo terminou 5 a 0.
No Brasil, o atacante Fred marcou quatro gols em 20 minutos. Foi na vitória do Atlético-MG sobre o Sport Boys, da Bolívia, pela Libertadores, no ano passado. O Galo perdia por 2 a 1 quando o centroavante desandou a fazer gols no segundo tempo. Os mineiros triunfaram por 5 a 2.
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