Paulo Autuori não trabalha mais para o Atlético. O ex-técnico, que assumiu a função como manager, anunciou sua saída após a vitória por 3 a 0 sobre o Palmeiras neste domingo (3), pela última rodada do Brasileirão 2017. Ele revelou que o clube ainda o convidou para voltar a exercer a função de treinador, mas que recusou a proposta.
“Estou aqui para me despedir. Foi uma honra ter passado por aqui e ter dado meu contributo. O futebol precisa de clubes como o Atlético Paranaense em termos de gestão. Saio orgulhoso de ter conseguido trabalhar em um clube como o Atlético, é uma das melhores instituições que já passei. Desejo felicidades a todos que aqui estão”, declarou Autuori.
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De acordo com ele, o convite que o Atlético fez foi uma proposta para que ele voltasse a exercer a função de técnico até 2019, mas com algumas atividades que exercia na função atual. Apesar de se dizer lisonjeado pela proposta, optou pela coerência do seu discurso - em várias ocasiões, Autuori reafirmou o desejo de trabalhar como dirigente.
Com a proposta revelada, a tendência é que o atual técnico, Fabiano Soares, também esteja de saída. Questionado sobre o trabalho de Soares, Autuori não poupou elogios. “Eu analiso o Fabiano como um treinador jovem e com muito potencial. Tem uma qualidade muito grande e está se adequando a realidade do futebol brasileiro. Dei os parabéns para ele pelo que ele é como pessoa e profissional e desenvolveu um trabalho de recuperação da equipe”, avaliou.
Fim da estreita relação
Contratado em março de 2016 para substituir Cristóvão Borges, Autuori foi treinador do Rubro-Negro até em junho deste ano. Foram 86 partidas no banco de reservas e um aproveitamento de 48%. Na época, o clube contratou Eduardo Baptista para ser o novo comandante e manteve o experiente técnico como gestor de futebol.
Autuori chegou a ficar afastado do Atlético por dez dias. Ele saiu por conta própria por discordar da demissão de Baptista. Entretanto, ele acabou voltando pela boa relação com os dirigentes atleticanos - ele e Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo, nunca esconderam uma admiração mútua.
“Quando eu fui convidado para vir, eu cedi porque acreditei naquilo que me foi falado. Não precisei de mais do que 15 dias para ver que o que me foi falado acontecia no dia a dia. O Atlético é um grande case do mundo. Em 20 anos, fazer o que se faz nesse clube é extraordinário. Vou continuar a falar bem do Atlético porque o futebol brasileiro precisa de exemplos como esse em termos de gestão”, completou Autuori, que é especulado para assumir a função de diretor de futebol do Atlético-MG.
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