O presidente do Conselho Deliberativo do Atlético , Mario Celso Petraglia, admitiu, em entrevista à rádio Transamérica, o risco real da Arena da Baixada e do Centro de Treinamentos do Caju serem leiloados por conta do imbróglio judicial que envolve o acordo tripartite feito para a reforma do estádio para a Copa de 2014.
“Claro que é [real a chance da leilão]. A dívida tem que ser paga. Nós temos títulos e créditos para pagar essa dívida. Se o Atlético não pagar a parte dele, estão em garantia [o CT e o estádio]. Mas estamos pagando. Deveriam ter nos financiado R$ 346 milhões. Porém, só financiaram R$ 291 milhões. Quem pagou os R$ 55 milhões? O Atlético. Pagou fornecedores e todo mundo”, disse Petraglia.
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O embate jurídico é travado entre Atlético e Fomento Paraná – agência de crédito vinculada ao governo estadual. O processo já corre na Justiça há 748 dias (pouco mais de dois anos). A instituição cobra do clube o valor do empréstimo de R$ 291 milhões repassados para a CAP S/A, sociedade criada pelo Rubro-Negro para gerenciar a reforma da Arena.
Entretanto, o clube contesta os valores baseado na divisão do acordo tripartite firmado entre Atlético, prefeitura e governo do estado. O Furacão pede que as três partes dividam o valor final da obra, de R$ 346 milhões, e não a quantia inicial orçada, de R$ 184 milhões. Do outro lado, o banco de crédito alega que o acordo não envolve a instituição e esta é uma questão que deve ser resolvida pela administração atleticana.
“O custo do estádio foi de R$ 346 milhões. Então, se dividir esse valor por três, dá R$ 115 milhões em números redondos. Então cabe [pagar] mais R$ 55 milhões para cada um. Os R$ 346 milhões que estão nos contratos tripartite, o estado teria que financiar o Atlético em 100%, mas só financiou R$ 291 milhões”, reforçou Petraglia.
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