Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar (PM), os torcedores de Atlético-PR e Corinthians que dividiam o setor Coronel Dulcídio Superior no jogo da última quarta-feira (21), na Arena da Baixada, foram separados a pedido do clube mandante.
A atitude vai na contramão do pensamento da própria diretoria atleticana, que desde maio participa do projeto piloto “Torcida Única”, do Ministério Público do Paraná (MP-PR).
No esquema adotado pelo Furacão, não haveria espaço exclusivo para acomodação de torcidas distintas, com exceção às organizadas do próprio rubro-negro, e qualquer pessoa, independente do time do coração, deve ocupar o local correspondente ao ingresso adquirido.
A prática, porém, foi diferente. A pedido de um supervisor do Atlético, de acordo com a PM, o comando da operação policial no estádio dividiu a área – que no passado era destinada aos visitantes –, mas atualmente é o local que a diretoria destina aos organizados.
Os corintianos foram mantidos à direita, enquanto os atleticanos foram movidos para o outro lado, com dezenas de cadeiras entre eles, além de aproximadamente 15 policiais fazendo um cordão de isolamento. Seguranças contratados pelo clube também se posicionaram entre os torcedores.
Dois dias antes da partida, a torcida Os Fanáticos, que permaneceu no Buenos Aires Inferior, recomendou que os alvinegros comprassem entradas para a Coronel Dulcídio a fim de evitar confrontos.
A PM ressalta, contudo, que não havia necessidade de separação entre os grupos. Os policiais seguem, obviamente, com total liberdade para intervir quando for necessário, mas no momento a orientação era para seguir o planejamento. Pelo menos até o pedido atleticano para o isolamento dos fãs, possivelmente temendo alguma confusão.
A reportagem procurou tanto o Atlético quanto o MP-PR, mas ambos não quiseram se manifestar.
O delegado Clóvis Galvão, da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe), também não comentou o assunto. Segundo ele, não houve relatos de briga no estádio.
Duas pessoas tiveram de assinar termos circunstanciados, um por posse e uso de entorpecente, outro por venda de artigos falsificados relacionados ao Atlético.
Também houve duas prisões graças à biometria. Um dos presos era procurado por assalto a mão armada em Ibiporã e outro violou a condicional por tráfico de drogas.
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