Após a vitória do Atlético-PR sobre o Bahia por 1 a 0 na primeira partida das quartas de final da Copa Sul-Americana (veja como foi o jogo), o presidente do clube baiano, Guilherme Bellintani, criticou o árbitro da partida, o argentino Fernando Rapallini, por anular, com ajuda do árbitro de vídeo (VAR), dois gols da sua equipe no jogo.
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Com essas marcações feitas por Rapallini, que poderiam dar a vitória ao time baiano, o presidente apontou erros do árbitro e no uso do auxiliar de vídeo. “[A utilização do VAR] tem dois problemas. O primeiro é a interpretação em si, a análise do ser humano. Enquanto eles não melhorarem a arbitragem, não adianta colocar a câmera paro o mesmo árbitro despreparado. Se ele é assim sem olhar a câmera, ele também é despreparado olhando a câmera. Não é a câmera que vai resolver, não é o vídeo que vai resolver”, disparou o dirigente.
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O segundo ponto levantado pelo cartola foi a questão de quando deve-se mudar alguma marcação. Para Bellintani, somente quando o árbitro de vídeo mostrar algo “muito contrário ou exatamente o contrário” que deve ser tomada a nova decisão. “Infelizmente isso vai manchando o VAR que nós defendemos. Mas o que está manchando não é o sistema de árbitro de vídeo, mas o despreparo dos árbitros”, ressaltou, ainda na Arena Fonte Nova.
O Bahia teve um gol anulado em cada tempo da partida. Na primeira etapa, Clayton chuta a bola próximo à pequena área, mas levantou o pé no alto, acertando a cabeça de Nikão. No início do segundo tempo, Ramires recebeu cruzamento rasteiro e desviou para o gol. O lance foi anulado sem que o árbitro consultasse as imagens, apenas pela comunicação com a central de vídeo.
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Indignação que levará o clube a tomar medidas fora de campo, ao entrar com uma representação contra Rapallini na Conmebol. Porém, apesar da crítica aos gols anulados, Bellintani afirma ser um defensor do VAR. “Tenho a leitura de que o VAR tem que vir para melhorar”, afirmou.
O Bahia foi um dos sete clubes que votaram a favor da utilização do VAR já no Campeonato Brasileiro desse ano. A proposta da CBF, no entanto, exigia que os clubes bancassem os custos de implementação da tecnologia, que seria de R$ 1 milhão para cada. Por isso, a votação contrária à utilização do auxiliar de vídeo venceu por 12 a sete (e uma abstenção).
Essa foi a primeira vez que o Atlético jogou com a utilização do VAR. Já o Bahia havia jogado com o sistema nas quartas de final da Copa do Brasil, quando foi eliminado pelo Palmeiras.
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