O técnico interino do Atlético , Tiago Nunes, justificou a postura da equipe no empate com o Cruzeiro por 1 a 1 , pela Copa do Brasil, que causou a eliminação de sua equipe nas oitavas de final da competição. Apesar de precisar vencer para ter chances de passar de fase, o principal foco foi buscar o equilíbrio defensivo.
“A gente optou por dar uma ênfase maior na nossa consistência defensiva. Avaliamos que a nossa equipe vinha sofrendo muitos gols. Então a ideia era que acima de tudo a gente retomasse a confiança, tomando menos gols”, explicou o comandante, em entrevistas às rádios Banda B e Transamérica. O número de gols sofridos pelo Furacão, sob o comando de Fernando Diniz, foi de 27 em 21 partidas. Nas últimas nove derrotas, em sete oportunidades a defesa foi vazada duas vezes ou mais.
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Nunes saiu satisfeito com esse trabalho, analisando que a equipe somente sofreu um gol quando precisou “se abrir” para buscar o resultado, dando espaço para os ataques adversários.
O discurso, no entanto, é de que a mudança no comando ainda levará um tempo para surtir efeitos mais profundos. Opinião do lateral Jonathan e referendada pelo treinador. “A gente precisa repetir através de jogos esse tipo de comportamento. Naturalmente precisamos de mais ritmo e aí vai ser jogo a jogo e através das correções pontuais. Acima de tudo, com a demonstração que eles nos deram hoje [segunda-feira, 16] de fazer o que a gente pediu, tenho expectativa de que as coisas possam chegar em um nível muito bom”, resumiu o treinador. Nunes fez questão de frisar que, mesmo disposto a apostar em alterações no tipo de jogo da equipe, irá manter ideias de Diniz, especialmente na frente.
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“Ofensivamente, talvez o Diniz seja um dos melhores treinadores com que já trabalhei. A individualidade pode desarmar muitas organizações coletivas e temos jogadores com esse potencial. A ideia é colocar jogadores de maior qualidade mais próximos da faixa de gol. Vamos utilizar muito do que o Fernando nos deixou e colocando o que entendo de característica coletiva para ter o equilíbrio”, explicou o comandante.
Desde que Nunes assumiu a prancheta atleticana, a equipe realizou 16 treinos e apenas um jogo coletivo, contra o Paraná. Para o interino, isso ainda não é o suficiente para que os atletas se adaptem. “Foram duas, quase três semanas. O número de treinos que não é muito grande para mudar o comportamento da equipe”, frisou o comandante, que herdou o cargo após a demissão de Diniz, já na reapresentação do time após as férias no início da paralisação para a Copa do Mundo. Foram 12 dias com o ex-técnico ‘prestigiado’ e que o atual treinador poderia ter usado para pensar a transição de esquemas de jogo que adotaria quando o elenco voltasse ao CT do Caju.