O Atlético faz eleições nesta quinta-feira para manter tudo como está, ou melhor, ficam as pessoas mas amplia-se a Arena. A promessa de reeleição dos conselhos é da conclusão do estádio Joaquim Américo até o final de 2007. Os presidentes Mario Celso Petraglia, do Conselho Deliberativo, e João Augusto Fleury, do Conselho Administrativo, devem ser reconduzidos tranqüilamente pois não há oposição à vista.
A Arena, que hoje é patrocinada pela Kyocera, teve sua construção iniciada em 1997 e por problemas judiciais com o proprietário do terreno vizinho, que estava alugado a uma escola, não pode ser totalmente concluído. Agora a promessa é que depois de dez anos de algrias para a torcida Rubro-Negra ele seja completo, com capacidade total em torno de 45 mil pessoas.
Na metade de 2005, o clube concluiu as negociações para a compra da parte terreno que faltava para a conclusão do estádio. Com isso, não há mais empecilhos para que a Arena se torne definitivamente o símbolo da passagem do grupo de Mário Celso Petraglia à frente do Furacão.
As eleições dessa quinta-feira acontecem das 14 às 19 horas. Os cerca de mil sócios do clube aptos a votar terão apenas uma opção, a de ratificar a manutenção do atual grupo no poder. E isso ocorrerá mesmo que apenas um sócio endosse a chapa.
Mario Celso Petraglia, responsável maior pela virada rubro-negra nos últimos dez anos, que levou o clube a se transformar em uma expressão nacional do futebol. afirma que já pensa em deixar a direção do Atlético após a conclusão da Arena e término do novo mandato que se iniciará hoje.
"Tomara que isso aconteça. É justo, democrático e necessário que outros atleticanos venham tomar conta do rumo do clube. Eu até gostaria. Mas não acredito que a conclusão da Arena tenha sido um inibidor para isso. Pois os desafios vão conosco à frente. Hoje é a conclusão da Arena, mas amanhã serão outros ainda maiores", analisou Petraglia em entrevista à Gazeta do Povo.
Outro dirigente que discorda sobre a possibilidade do surgimento de uma oposição daqui a dois anos é João Augusto Fleury da Rocha. Para ele, o fato de não haver "bate-chapa" não tem ligação com realizações ou momentos do clube, mas sim com a tradição.
"Historicamente nunca tivemos grandes confrontos. Ao contrário da maioria dos clubes, sempre procuramos a solução pela união. Estou no clube desde 1970 e não lembro de disputas", diz o dirigente, que continuará à frente do Conselho Gestor atleticano.
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