O Vasco afirma que não haverá clima de guerra ou revanche, hoje, às 20h30, em São Januário. O Atlético não acredita. E tem bons motivos para isso. Além de ter humilhado a equipe cruzmaltina no primeiro turno do Brasileiro, aplicando a maior goleada da competição (7 a 2, dia 27 de julho, na Arena), o Rubro-Negro sabe bem como Eurico Miranda utiliza seu estádio em momentos de pressão.
O exemplo vem do ano passado. Em 2004, o Vasco também estava ameaçado de rebaixamento. E foi naquela partida, no dia 12 de dezembro, enfrentando portas de vestiário trancadas, ameaças de seguranças, torcedores e dirigentes, que o Furacão deixou escapar a liderança e o título da competição ao ser derrotado por 1 a 0.
Atualmente a situação do Vasco não é tão ruim. É o 17.º colocado, a dois pontos da zona da morte e tem mais sete partidas a disputar. Mas já avisou que a grande arma para não cair será São Januário. Para bom entendedor, meia palavra basta.
"Lá a gente pode esperar tudo. Com certeza vai ser aquele fuzuê todo de novo, mas estamos preparados", afirma o volante Alan Bahia, o único remanescente daquele confronto no time que joga hoje. " Eles fizeram muito jogo de bastidores. Mas não jogamos mal, apenas fomos infelizes", lembra.
Outro que espera por um clima pesado é Jancarlos, que iniciou a carreira no Fluminense. Em quase todas as ocasiões que voltou ao Rio de Janeiro atuando por outras equipes contou com uma torcida particular. Mas nunca contra o Vasco. "Lá eles não vão. Nunca levo. Pois para sair depois é difícil", conta o jogador.
Que o diga o rival Coritiba. Em 2003, perdeu o jogo (2 a 1) e ainda acabou apanhando dos torcedores vascaínos na saída do estádio, vizinho a uma favela. Após os jogos, os portões ficam abertos à torcida, que espera os adversários para cuspir e xingar. O Atlético já contratou seguranças um costume em jogos fora de Curitiba.
O carioca Evaristo de Macedo também conhece bem a arapuca. Mas a experiência de seus 72 anos deixa a preocupação de lado. "Tudo vai depender do time. Já joguei muitas vezes em São Januário com tudo isso e já ganhei. O mais importante é que eles não pensem nisso antes, deixem para hora do jogo", analisa o treinador.
Sem Dagoberto, suspenso, Lima e Aloísio irão compor o ataque. No meio, além do retorno de Alan Bahia, Ferreira atuará na criação. Nos lugares dos também suspensos Paulo André e Marcão entram Durval e Marín.
Adversário
No Vasco, o técnico Renato Gaúcho não poderá contar com o zagueiro Fábio Braz, expulso no empate contra o Corinthians. Com isso, Éder deve atuar ao lado de Luciano na defesa do time de São Januário. Um dos principais jogadores do elenco, Abedi quer que a equipe carioca esteja atenta desde o início. "Se tivermos chance de matar o jogo, não podemos desperdiçá-la, da mesma forma que os adversários fazem quando jogam contra a gente", disse ao site oficial do clube.
Vasco x Atlético, às 20h30, em São Januário.
No Rio de Janeiro
VascoRoberto; Wágner Diniz, Éder, Luciano e Diego; Ives, Amaral, Abedi e Morais; Romário e William. Técnico: Renato Gaúcho.
AtléticoTiago, Jancarlos, Danilo, Durval e Marín; Alan Bahia, Cristian, Evandro e Ferreira; Lima e Aloísio.Técnico: Evaristo de Macedo.
Estádio: São Januário. Horário: 20h30. Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP). Auxs.: Ednilson Corona (SP) e Ana Paula da Silva Oliveira (SP).
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