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O Atlético vai participar hoje da reunião convocada pelo Minis­té­­rio do Esporte (ME) e Banco Nac­io­­nal de Desenvolvimento Eco­nô­mico e Social (BNDES) para estudar possibilidades de abertura de uma linha de financiamento exclusiva para a Copa do Mundo de 2014 com uma proposta na mão: independentemente do que for ofertado, o clube não aceitará nenhum empréstimo para concluir a Arena. O encontro será no ME, a partir das 14h30.

"Não pegaremos nenhum centavo, de banco público ou privado, isso eu posso garantir. Não queremos comprometer o futuro do Atlético com uma dívida impagável", afirma Enio Fornea, representante da Baixada na reunião em Brasília. O vice-presidente ru­­bro-negro faz referência aos R$ 138,3 milhões que o clube precisa levantar para fechar o estádio de acordo com o caderno de exigências da Fifa – pré-requisito para abrigar os jogos do Mundial.

A intenção, de acordo com For­nea, é investir no máximo R$ 30 milhões na Arena. O valor é o mesmo que o Furacão precisaria de­­sembolsar para terminar a obra deixando de lado as exigências da entidade organizadora da Copa. O restante (R$ 108 milhões) teria de vir por meio de investidores, nacionais ou internacionais, ou através de Parceria Público-Priva­­da (PPP), sugere o dirigente. Rei­vindicação antiga, iniciada ainda no ano passado pelo ex-presidente do Conselho Deliberativo atleticano, Mário Celso Petraglia. "Repas­saríamos parte da renda do estádio para o parceiro por um determinado tempo", diz Fornea.

As propostas indicadas pelo Rubro-Negro, porém, são de difícil solução. Até o momento, segundo informou Marcos Malucelli, presidente do clube, não há ne­­nhum contato engatilhado com possíveis investidores. "A crise econômica mundial atrapalhou", explica.

Já a edição de uma PPP esbarraria em aspectos técnicos. "A prefeitura municipal não tem amparo legal para fazer nenhum investimento na Arena da Baixada, assinar um cheque em branco para o Atlético. O governo federal e o es­­­tadual também não têm esse amparo hoje", ressalta Luiz de Carvalho, gestor municipal para assuntos relativos ao Mundial. "Mas se daqui a seis meses o governo federal ou o estadual abrir um leque...", emenda ele, deixando no ar a possibilidade de acordo. Neste caso, contudo, a lei precisaria ser revista.

Presidente do comitê local da Copa 2014, o vice-governador Or­­lando Pessuti sugere uma terceira via.

"Sei das reclamações do Clube Atlético Paranaense, mas não temos autorização legislativa para investir na construção de estádios. O que podemos fazer é ajudá-los a encontrar um parceiro", anuncia, prometendo para os próximos di­­as uma reunião extraordinária da comissão para tratar do assunto.

Apesar das dificuldades na captação da verba, Malucelli desmente os boatos de que o Atlético estaria desistindo de ser a casa do Mundial em Curitiba. Os rumores renovaram o interesse do rival Coritiba em ceder a sua nova praça esportiva para o torneio Fifa – inclusive com a possibilidade de utilização do espaço onde está localizado o Pinheirão. "Isso não existe. Temos tempo para buscar uma alternativa", reforça o dirigente.

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