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Arena da Baixada, ao fundo, e a “Pracinha do Atlético” à frente: região vai passar por uma série de mudanças para atender às exigências da Fifa | Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo
Arena da Baixada, ao fundo, e a “Pracinha do Atlético” à frente: região vai passar por uma série de mudanças para atender às exigências da Fifa| Foto: Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo

Entrevista

Enio Fornea, vice-presidente e diretor de obras do Atlético

Mesmo com a assinatura da Matriz de Responsabilidades, em janeiro, o Atlético considera que não é obrigado a bancar sozinho a obra da Arena.

O clube se compromete a arrumar 30% do valor total que será empregado no estádio, mas joga para o poder público o responsabilidade do restante. Segundo Enio Fornea, responsável atleticano pela conclusão da praça de esportes, o Furacão vai concluir a Arena com ou sem Copa do Mundo.

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Curitiba foi confirmada oficialmente como sede da Copa do Mun­­do de 2014 em 31 de maio do ano passado. De lá para cá, um impasse entre o Atlético, a prefeitura e o go­­verno do estado impede que se saiba quem vai bancar a obra de con­­clusão da Arena. O clube avisa que só bancará 30% do total necessário para terminar o estádio.Há nove meses a conversa é nesse ritmo. O clube não admite se en­­dividar ou bancar sozinho a adequação de sua casa para o Mundial de 2014. Curitiba e o Paraná montaram comissões especiais e fizeram mobilização política, mas também não trouxeram a resposta de quem vai viabilizar a obra.No dia 13 de janeiro, no Minis­­tério do Esporte, em Brasília, os en­­volvidos assumiram o compromisso de cumprir prazos e participar das etapas de preparação das praças esportivas e das cidades in­­di­­ca­­das. Mesmo assim, a dúvida sobre a viabilização da obra prossegue.

O Atlético, apesar da Matriz de Responsabilidades, não admite bancar mais do que o montante que seria gasto para o término do estádio sem a Copa – ou seja, pouco menos de 1/3 do estimado. Já a prefeitura e o governo estadual asseguram que a responsabilidade do local das partidas é apenas do clube proprietário."Isso já está superado. O estádio é responsabilidade do Atlético, que vai levantar o dinheiro", afirma o gestor de Curitiba para a Copa 2014, Luiz de Carvalho. "Nós te­­mos de ajudar o clube a encontrar os investidores. Mas o estádio sempre foi responsabilidade do Atlé­­ti­­co que também está correndo atrás", reforça o vice-governador Orlando Pessuti, presidente do comitê paranaense para assuntos da Copa de 2014.

Os integrantes do poder público admitem apenas investir di­­nhei­­ro estatal no entorno da Are­­na, nas demais áreas de acesso pela cidade e na parte de infraestrutura. Segundo a prefeitura, há um orçamento de R$ 250 milhões visando as melhorias para a Copa. Já o go­­verno fala em R$ 600 milhões com a ajuda do PAC (Pro­­grama de Ace­­leração do Cresci­­mento do go­­verno federal).

"Não temos autorização para colocar dinheiro público em um estádio privado", avisa Pes­­suti. "É necessária uma energia maior do poder público", cobra o vice-presidente do Atlético, Enio Fornea.

Apesar das discordâncias, Curi­­tiba, pelo menos, está cumprindo o primeiro prazo estipulado pela Fifa quanto aos estádios. A entidade máxima do futebol manda que até amanhã (1.º de março) tenham início as obras.

"Além de o Atlético já ter inaugurado parte do novo setor de ar­­quibancadas no ano passado, nossos técnicos já estão trabalhando há muito tempo. As obras já começaram e esse também é o entendimento da Fifa", diz Carvalho, prevendo para junho ou julho a presença dos primeiros operários trabalhando na casa atleticana. "Pelo que estou acompanhando, devemos ser um dos primeiros a entregar a obra para a Fifa. Só Porto Ale­­gre está em estágio parecido", confia Pessuti, sabendo que o prazo fi­­nal para a entrega dos estádios é dezembro de 2012, quando serão definidas as praças que receberão a Copa das Confederações de 2013.

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