O lateral-esquerdo Paulinho até teve espaço para atacar, mas não aproveitou as oportunidades. Time volta a atenção para a estreia de Geninho, no domingo| Foto: Joka Madruga/furacao .com

Culpado?

O gerente de futebol do Atlético, Ocimar Bolicenho, tem sido alvo de uma campanha no Twitter (rede de microblogs)que pede a sua saída do clube. Depois da derrota no Atletiba (4 a 2 no domingo) até o número do celular do dirigente circulou na rede. O profissional disse achar normal a cobrança após o clássico, mas reclamou da invasão de privacidade. "Só aqui que o gerente de futebol é o culpado de todos os problemas", protestou ele, ontem, antes de o Rubro-Negro ser derrotado no Acre, pela Copa do Brasil.

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O jogo

Atlético começou melhor, mas não teve competência para marcar. A resposta dos donos da casa ocorreu em duas bolas alçadas na área, com um gol de Juliano César e outro contra de Alê. No segundo tempo, depois do apagão, Lucas ainda conseguiu diminuir, em cobrança de pênalti.

Um apagão de uma das três torres na Arena da Floresta fez o intervalo do jogo de ontem demorar 40 minutos. No entanto, o problema para os atleticanos foi o "apagão" do primeiro tempo, quando em seis minutos o time sofreu dois gols, repetindo o que havia acontecido do Atletiba de domingo. Resultado: 2 a 1 Rio Branco.Se a intenção inicial do Fu­­racão era vencer por dois gols ou mais de diferença para evitar o jogo de volta (na próxima quarta-feira), a estreia na Copa do Brasil foi desastrosa. O revés apenas aumentou a esperança em torno do novo técnico, Geninho, que chega hoje a Curitiba e estreia já no fim de semana, contra outro Rio Branco, o de Paranaguá, na Baixada.

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A despedida do interino Leandro Niehues não irá deixar saudade. Mesmo com quatro alterações em relação ao Atle­­tiba, novamente o Rubro-Negro sentiu a dependência de Paulo Baier. Lesionado, o meia nem viajou para o Norte do país.

Após perder pelo menos quatro boas oportunidades de abrir o placar na etapa inicial, o Atlético sofreu o primeiro gol aos 28 minutos, no toque de cabeça de Juliano César. Aos 34, o volante Alê, precipitado, tocou contra a própria meta, novamente em um cruzamento de Testinha, que no Coritiba, em 2003, era conhecido com Djames.

O Rubro-Negro até esboçou uma reação, mas parecia não ter forças. O time só melhorou realmente com a entrada de Guer­­rón, aos 24. O equatoriano conseguiu um pênalti, que Lucas converteu, diminuindo um pouco o drama para o jogo da volta – triunfo por um gol de diferença já é suficiente para levar o Furacão à próxima fase. "Pe­­camos muito nas finalizações. Já eles marcaram", lamentou o lateral-esquerdo Paulinho.

Restou a certeza da primeira derrota na estreia de uma Copa do Brasil em 10 anos. Em 2001, o Atlé­­tico perdeu por 2 a 0 para o Tre­­ze da Paraíba, conseguindo re­­verter o placar em casa e conquistando a classificação nos pênaltis. Na sequência, Geninho chegou ao Furacão e ganhou o Brasileiro. Kléberson também estava naquele time. Os aleticanos torcem por uma coincidência.