Marcelo Vilhena não quer que a pressão atrapalhe o elenco sub-23 do Atlético no Paranaense| Foto: Brunno Covello / Gazeta do Povo

O técnico Marcelo Vilhena deve repetir a escalação da estreia do Atlético no Paranaense para o jogo de hoje, às 22 horas, contra o Rio Branco, no Gigante do Itiberê, em Paranaguá. Medida que tem como origem as lições tiradas dos últimos dois estaduais, quando o Rubro-Negro demorou a embalar no Estadual.

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"Fiz questão de estudar os dois últimos anos. No ano passado não sei se foi positivo fazer experiências no início. Isso traz pressão aos garotos, com resultados negativos. A ideia é manter base", explicou Vilhena. A média de idade do time titular no empate com o Cascavel, por 1 a 1, na primeira rodada, foi de 21,4 anos.

Para superar essa pressão que os garotos terão no Regional, o treinador aposta no exemplo do atacante Marco Damasceno. Seu caminho das quadras de futsal de Brasília até o time principal atleticano foi cheio de solavancos.

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Quando recebeu as primeiras chances com o técnico Claudinei Oliveira na Baixada – chegou a ser titular no Brasileirão do ano passado – ele já tinha até abandonado o CT do Caju. Foi logo que chegou, há quase cinco anos.

"Levei ele para o Atlético em 2010, mas não se adaptou. Sentiu saudades da família e pediu para voltar", conta Jesuílton Montalvão, descobridor do atacante. Drama repetido no Cruzeiro, São Paulo, Porto e Atlético de Madrid. Em todos esses times, Damasceno fez testes, foi aprovado, mas desistiu e voltou para casa.

O começo da reviravolta na carreira foi a ida para a Europa. Depois de enfrentar as baixas temperaturas do outro lado do Atlântico e a frieza dos europeus, voltou ao Brasil, ouviu os conselhos dos familiares e tomou uma decisão. "Ele percebeu que era isso que ele queria e a partir dali decidiu seguir com tudo", explicou a mãe do atleta, Geisi Cristina Damasceno da Silva. Após muito sofrimento, aprendeu a suportar a pressão.

"Ele tem uma habilidade fora do comum. Trabalha com as duas pernas, o que é um diferencial. Morava do lado de uma quadra de futsal e isso ajudou no desenvolvimento de sua grande habilidade", contou Montalvão. Com contrato até o final de 2017, o jogador tem na imprevisibilidade a sua grande característica.

No profissional ainda não teve tempo de mostrar o que fez dele uma das grandes promessas do clube. "Foi artilheiro e destaque desde o sub-15. O Paranaense é a chance que ele esperava para mostrar que pode deixar os zagueiros malucos", garantiu João Mazur, empresário de Damasceno.

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