O primeiro chute do Atlético ao gol do Internacional foi só aos 16 minutos do segundo tempo na partida de ontem, no Beira-Rio. No entanto, ter passado a maior parte do jogo se defendendo não impediu o Rubro-Negro de empatar por 1 a 1 e sair de Porto Alegre insatisfeito.
Afinal, o gol do Inter ocorreu aos 44 da etapa final, marcado por Alecsandro. Da metade do segundo tempo em diante, o Furacão mandou no jogo. Teve um pênalti de Índio em Patrick não marcado, teve a abertura do placar com Patrick (33/2.º) e uma bola na trave de Wesley que poderia ter decidido a sorte do jogo.
"Não podemos deixar de lado o empate. O que vale é somar. Ainda mais no Beira-Rio. Mas poderíamos ter vencido. O professor (Lopes) deu mais liberdade para a gente atacar no segundo tempo", comentou Wesley, ontem, ala-direita.
Antônio Lopes optou pela mesma tática extremamente defensiva que segurou o Grêmio, na Arena, e encurralou o Corinthians, no Pacaembu. Apesar de que diante do Colorado a retranca tenha sido exagerada até a metade da etapa final, o Delegado deu um golpe de mestre para quase ganhar a partida.
No intervalo, após os atleticanos não conseguirem passar do meio de campo, o treinador manteve a segura defesa. A mudança no ataque é que fez a diferença. Patrick e Marcinho substituíram os nulos Wallyson e Alex Mineiro.
Jogando pela ponta direita ofensiva, Marcinho puxou diversos contra-ataques, inclusive o do lance do gol. Exatamente naquele espaço, Mário Sérgio deixou o Internacional sem lateral-esquerdo após o intervalo, dando ainda mais força para a ação de Marcinho.
"É importante também vencer fora de casa. Tivemos a chance", lamentou o meia Marcinho, insatisfeito com o resultado, mesmo que a zona de rebaixamento tenha ficado agora a sete pontos de distância.
O resultado no Beira-Rio também foi mérito do cinturão de defesa do Furacão. A pressão do Inter em vários momentos da partida quase nunca passou da trinca de zagueiros formada por Manoel (praticamente perfeito), Nei e Ronaldo. Se a bola passava, Galatto estava atento. No meio, Valencia anulou DAlessandro.
Na única falha individual do setor de Ronaldo , Andrezinho achou Alecsandro sozinho na área. Pouco para macular a atuação do setor, mas o suficiente para decretar o empate.
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Em Porto Alegre
Internacional
Lauro; Bolívar, Índio e Fabiano Eller; Danilo Silva (Bolaños), Glaydson, Guiñazu, DAlessandro e Marcelo Cordeiro (Andrezinho); Taison e Alecsandro
Técnico: Mário Sérgio
Atlético
Galatto; Manoel, Nei e Ronaldo; Wesley, Valencia, Rafael Miranda, Paulo Baier (Fransérgio) e Alex Sandro; Wallyson (Patrick) e Alex Mineiro (Marcinho)
Técnico: Antônio Lopes
Estádio: Beira-Rio. Árbitro: Luís Antônio Silva Santos (RJ). Amarelos: Alex Mineiro, Manoel, Valencia, Patrick e Galatto (A); DAlessandro, Índio e Bolívar (I). Vermelho: Bolívar (I), aos 48/2º Gols: Patrick (A), aos 33/2º, e Alecsandro (I), aos 44/2º. Renda: R$ 382.085. Público: 21.605 pagantes
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