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Vídeo: | Antônio Costa / Gazeta do Povo
Vídeo:| Foto: Antônio Costa / Gazeta do Povo

O Atlético esperava contar com sua dupla personalidade para dar um pontapé na má fase vivida no Brasileiro. A reação até foi esboçada, mas acabou em vexame inédito. O Paranaense – nome pelo qual o time é conhecido no exterior e que a diretoria tem planos de reforçar para ampliar seu mercado fora do país – perdeu ontem para o Vasco por 4 a 2, na Arena.

A torcida, mesmo em número reduzido, protestou a plenos pulmões. Os principais alvos eram o técnico Antônio Lopes e o presidente Mário Celso Petraglia.Logo após o confronto, em meio à queixa barulhenta e furiosa da torcida nas proximidades do vestiários do time, o treinador rapidamente garantiu que fica no cargo. "Da minha parte não tem nada disso (de sair do clube)".

A aposta era alta nesse torneio continental, pelo menos no aspecto moral. Foi justamente apoiado nesse bom rendimento na Sul-Americana do ano passado que o Furacão deu a volta por cima no Nacional disputado no mesmo período. Quando estreou naquela disputa, o clube vivia momento ruim na competição caseira, na 12.ª colocação e tendo perdido de goleada (5 a 0) para o Botafogo dentro de casa. Atualmente, esse estímulo seria ainda mais bem-vindo, pois a equipe está na beira da zona de rebaixamento (16.º), sem dar mostras de reação.

O que poderia ser uma ajuda dos céus, acabou se tornando outro problemão para o clube. Para prosseguir no torneio da Conmebol, o Atlético precisará vencer em São Januário por três gols de vantagem no duelo marcado para 12 de setembro. Tudo ocasionado pela primeira derrota do time para o Vasco na nova Baixada, inaugurada em 1999.

O tropeço de ontem começou, por incrível que pareça, favorável ao Rubro-Negro. Primeiro, o técnico do Vasco, Celso Roth, decidiu mudar a escalação do time carioca, tirando seis titulares para poupá-los. Na mesma leva, alterou taticamente o time, colocando três volantes no meio-de-campo, dando prioridade à marcação. No gramado, a opção mostrou-se boa para os donos da casa. O Furacão dominou a partida com tranqüilidade até abrir o placar, aos 23 minutos. Quem deu uma mãozinha aí foi o goleiro Sílvio Luiz. Dinei bateu forte de fora da área e o camisa 1 alvinegro falhou feio. O panorama mudou completamente menos de dez minutos depois, quando saiu o primeiro gol dos visitantes.

Retribuindo o presente do arqueiro rival, os laterais atleticanos bobearam na defesa, facilitando a vida de Rubens Júnior e Abuda, que viraram o marcador ainda na primeira etapa – 32’ e 38’. Irritado, o público desabafou enquanto observava o Vasco tomar conta do jogo. Andrade, de falta, e Conca ampliaram; Alan Bahia diminuiu após chute de Ramón, cuja estréia foi a única boa notícia na noite vermelha e preta.

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Em CuritibaAtlético 2 x 4 Vasco

AtléticoViáfara; Nei, Danilo, Rhodolfo e Edno; Valencia, Roberto (Alan Bahia), Netinho (Ramón) e Ferreira; Dinei (Pedro Oldoni) e Marcelo. Técnico: Antônio Lopes.

VascoSílvio Luiz; Eduardo. Júlio Santos, Jorge Luiz e Rubens Júnior; Amaral, R. Lopes, Andrade (Vilson) e Marcelinho (Perdigão); Abuda (Conca) e Enílton. Técnico: Celso Roth.

Estádio: Kyocera Arena. Árbitro: Wilson Seneme (Fifa-SP). Gols: Dinei (A), aos 23’, Rubens Júnior (V), aos 32’ e Abuda (V), aos 38’ do primeiro tempo; Andrade (A), aos 20’, Conca (V), aos 34’, Alan Bahia (A), aos 41’ do segundo tempo. Amarelos: Ramón, Danilo e Nei (A); Amaral, R. Lopes e Rubens Júnior (V). Público total (pagantes): 6.289 (5.005). Renda: R$ 134.092,00.

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