Atlético se conforma em escapar da degola

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Parece pouco, mas fugir do rebaixamento no Campeonato Brasileiro é o que o time do Atlético tem a oferecer para sua torcida até o fim de 2009. No clube, os jogadores já não se furtam a admitir que conseguir as cinco vitórias que faltam para evitar a degola tornou-se o único objetivo.

Meta que parecia complicada após as quedas dos técnicos Geninho e Waldemar Lemos, que deixaram o Rubro-Negro na antepenúltima posição. No entanto, às vésperas da contratação de Antônio Lopes e coincidindo com o afastamento de cinco jogadores, a equipe ressurgiu.

Antes da viagem para en­­frentar o Fluminense, em Lon­­drina, no dia 2 de agosto (o Fu­­racão havia perdido um mando de campo), o elenco firmou um pacto. A ideia era conseguir 11 vitórias o mais rápido possível e se ver livre da Segundona.

Os 6 triunfos em 10 rodadas tornaram a missão bem possível para as 13 partidas que restam. Com a eliminação da Copa Sul-Americana e o distanciamento do bloco de cima da tabela do Nacional, o conformismo tomou conta do grupo.

"Temos de reconhecer que o nosso elenco é um pouco limitado, mas poderia estar em situação melhor do que a 14.ª colocação. Conseguindo vitórias, poderemos subir para ficar entre os 10 primeiros", diz o meia Marcinho. "É lógico que é pouco. Mas agora temos de tentar continuar na Primeira Divisão e buscar algo diferente no ano que vem", comenta o volante Valencia.

Apesar do otimismo quanto à singela meta, o Atlético ainda não está distante o suficiente da faixa do rebaixamento para se dizer tranquilo. Por estar só seis pontos acima do primeiro degolado do momento (o Santo André tem 25 e o Rubro-Negro 31), o técnico Antônio Lopes não quer que seus comandados pensem em outra coisa antes de atingirem os 46 pontos.

Pelo momento do time, treinador e jogadores abrem mão inclusive de qualquer tipo de espetáculo pelos resultados. Apresentações pouco convincentes (como a do 1 a 0 sobre o Sport, na semana passada), mas que resultem em mais três pontos na classificação, são totalmente aceitas e comemoradas.

"Cinco vitórias (que fariam os atleticanos baterem nos 46) são uma coisa muito difícil nesse campeonato", admite Va­­lencia. "Sem dúvida vencer o líder nos dará ainda mais mo­­tivação para buscar uma boa sequência", emenda o co­­­lom­­biano, referindo-se ao confronto de sábado, contra o Pal­­mei­ras, no Palestra Itália.