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Antes de a bola rolar, o zagueiro Manoel não estende a mão para cumprimentar Danilo. Atleticano levou cusparada no rosto e foi xingado de ‘macaco’ por palmeirense | Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
Antes de a bola rolar, o zagueiro Manoel não estende a mão para cumprimentar Danilo. Atleticano levou cusparada no rosto e foi xingado de ‘macaco’ por palmeirense| Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
  • Torcida dá o troco com tinta e coro - Vários rostos pintados de preto, um mosaico com a palavra

Atlético 1 X 1 Palmeiras

Restou esperar pelo Campeonato Brasileiro. Em apenas três dias o Atlético despediu-se do semestre. Viu, no domingo, o maior rival ser campeão paranaense com uma rodada de antecedência. Refez-se às pressas, mas não conseguiu reverter ontem, em casa, a vantagem por 1 a 0 conquistada pelo Pal­­meiras em São Paulo. O empate por 1 a 1 na Arena decretou a despedida da Copa do Brasil.

A eliminação intensifica a preparação para o Nacional. Planeja­­mento adiantado antes mesmo da partida de ontem com a confirmação, pelo presidente Marcos Malucelli, do técnico Leandro Niehues no cargo para o início da disputa. Uma segurança ao treinador que viu o seu primeiro empate em casa após oito vitórias e o adeus a mais um torneio.

O próximo passo do Furacão são os reforços. E as chegadas são condicionadas às dispensas. "Não vou transformar o CT em um hotel para 40 jogadores", avisou Malu­­celli. O clube procura ao menos um lateral-esquerdo, dois meias e um atacante.

Sem a vaga nas quarta de final, a torcida festejou mesmo ontem o troco de Manoel a Danilo. O mo­­mento mais esperado da noite foi o cumprimento entre os times com todos os olhares para o reencontro dos atletas protagonistas da polêmica partida de ida. O atleticano foi ovacionado ao não estender a mão ao adversário que lhe deu uma cusparada no rosto e o chamou de "macaco" no Palestra Itália.

O episódio aflorou os brios dos atleticanos. O tradicional apoio do público pareceu ainda mais apaixonado ontem. No lado do Pal­­mei­­ras, um receio não confirmado. A equipe reforçou a escolta e até mandou um ônibus vazio seguido com batedores da polícia, enquanto o time seguia em outro para despistar qualquer ação mais ostensiva.

Em campo, o veto médico ao contundido Valencia alterou as peças defensivas do Atlético, com a entrada de Bruno Costa. O desentrosamento foi um convite à aproximação do Palmeiras. Entre as tentativas de barrar o adversário, o próprio Bruno Costa cometeu pênalti e foi expulso a 14 minutos de jogo.

O que poderia ser o fim da classificação, serviu para dar ainda mais ânimo à equipe e incendiar a torcida. Neto defendeu a cobrança de Robert.

O Furacão manteve um equilíbrio mesmo com um a menos. Lutou até os 34 minutos do segundo tempo, quando abriu o placar com Alan Bahia, em cobrança de pênalti. O resultado parcial levava o duelo para a decisão por pênaltis. Mas levou o golpe final com um gol de Lincoln aos 43. "Está doendo muito. Mas jogar desde os 15 com um a menos é muito difícil. A equipe lutou e o resultado foi injusto", lamentou o Leandro Niehues.

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Veja a ficha técnica do jogo Atlético 1 X 1 Palmeiras:

Em Curitiba

Atlético

Neto; Bruno Costa, Manoel e Rhodolfo; Lisa, Chico, Alan Bahia, Netinho (Marcelo) e Márcio Azevedo; Javier Toledo (Tartá) e Alex Mineiro (Bruno Mineiro).

Técnico: Leandro Niehues.

Palmeiras

Marcos; Márcio Araújo, Danilo, Léo e Armero (Eduardo); Pierre (Ewerthon), Edinho, Figueroa (Marquinhos) e Lincoln; Diego Souza e Robert.

Técnico: Antônio Carlos Zago.

Estádio: Arena da Baixada. Árbitro: Gutem­­berg de Paula Fonseca (RJ). Gols: Alan Bahia (A), aos 34’ e Lincoln (P) aos 43’ do 2.º tempo. Ama­­relos: Tartá, Márcio Azevedo e Bruno Mineiro (A); Lincoln, Pierre, Digo Souza, Eduardo, Figueroa e Leo (P).Vermelhos: Bruno Costa (A), aos 14 do 1° tempo. Público: 20.367 pagante (21.698 total). Renda: R$ 545.637,50

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