Atlético se recupera com frango do rival

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O jogo

Com o gramado muito ruim, só teve chutão no primeiro tempo. Numa jogada isolada, porém, Bruno Furlán arriscou de fora e o goleiro Saulo tomou um frango. Na segunda etapa, o jogo continuou igual, com muitos erros de ambos os lados.

Mesmo longe de agradar à torcida e mais distante ainda de apresentar um futebol de qualidade, o Furacão comemora o que interessa: a bola na rede. Foi assim, com um magro 1 a 0 sobre o Guaratinguetá, que o time comandado por Jorginho voltou a vencer na competição após duas derrotas consecutivas. O triunfo de ontem, no Estádio Dario Rodrigues Leite, no interior paulista, saiu graças a um frango do goleiro rival.

A vitória valeu muito para o Rubro-Negro. A equipe conseguiu diminuir a distância para o G4: entrou na rodada a oito pontos e fechou com seis de diferença. O Atlético agora soma 20 pontos, mas ainda permanece na 9.ª colocação. A chance de se aproximar ainda mais do grupo que garante o acesso está marcada para sábado, às 16h20, em Paranaguá, quando o Furacão recebe o São Caetano.

"A equipe está de parabéns pela vontade e pela aplicação hoje [ontem]. O importante mesmo era a vitória. E agora é pensar no São Caetano, que temos a obrigação de ganhar", resumiu o zagueiro Manoel. Mesmo discurso do lateral-direito Maranhão. "O mais importante era a vitória. E foi o que conseguimos. Mas vamos procurar melhorar nos próximos jogos para conseguir subir", disse.

O cenário em Guara­­tinguetá, aliás, estava perfeito para o que foi apresentado em campo pelas duas equipes. O gramado em estado deplorável "combinou" com arquibancadas praticamente vazias – apenas 782 pessoas pagaram para assistir à partida na noite de ontem.

Não por acaso, o triunfo atleticano veio daquele jeito, mais na vontade e na base da sorte, já que o único gol atleticano saiu depois de um frango, daqueles clássicos, que o goleiro Saulo aceitou. O atacante Bruno Furlán, de longe, arriscou e acabou dando sorte. A bola passou entre as pernas do arqueiro, que ainda tentou salvar, mas não teve jeito.

Além do erro fatal de Saulo, sobraram falhas individuais dos dois times. O excesso de chutões da defesa para o ataque e a falta de precisão nos passes deram o tom do jogo. Sem contar os atacantes, que estavam descalibrados. Nas poucas chances que tiveram, ou mandaram para longe ou em cima dos goleiros.