Paulo Baier
Após renovar com o Atlético até o fim de 2012, o meia Paulo Baier confirmou o plano para encerrar a carreira. "Já está tudo na mente. Dois anos aqui, me dedicando como eu sempre faço. Depois, eu quero cuidar da minha plantação de soja. Quero chegar no fim de semana, pegar a minha família e viajar", contou. Segundo o preparador físico do Atlético, Riva Carli, o clube não corre riscos ao renovar por duas temporadas com o jogador de 36 anos. "Em se tratando do Paulo Baier, nada é arriscado", garantiu. "Ele tem uma capacidade aeróbica excepcional, uma das melhores do Brasil."
No início de agosto, o presidente do Atlético, Marcos Malucelli, revelava: "O objetivo é chegar entre os dez primeiros". Quatro meses se passaram e o Furacão foi bem além. Brigou por uma vaga na Libertadores até a penúltima rodada e pode encerrar a participação no Brasileiro com um quinto lugar.
Condição que, no entanto, não surpreende o dirigente. "Foi uma campanha boa. Surpreendeu o nosso público, que estava pessimista por causa dos últimos anos, quando apenas fugimos do rebaixamento. Mas nós estávamos confiantes, vendo o que estava sendo feito", disse.
Nem mesmo a frustração por ter saído da briga pela Libertadores na penúltima rodada, após o empate com o Ceará, influencia a avaliação atleticana. "É claro que nós ficamos na expectativa de classificação, não há como negar. Infelizmente, não deu. Mas a campanha foi muito boa", afirma o diretor de futebol Valmor Zimmermann.
Basta vencer o Avaí, domingo, na Baixada, para o Rubro-Negro terminar o campeonato em quinto lugar atualmente é o sexto, mas ultrapassaria Grêmio ou Botafogo, que fazem um confronto direto. De qualquer forma, é a quarta melhor campanha do clube na história, atrás apenas do título em 2001, do vice-campeonato em 2004 e do terceiro lugar em 1983.
Para o ano que vem, a intenção é ir ainda mais longe. "Vamos brigar pelo título paranaense e para vencer um dos outros campeonatos que vamos participar, Copa do Brasil, Sul-Americana e Brasileiro. Um deles nós vamos estar na final", afirma Malucelli.
O retrospecto positivo no Brasileiro de 2010 foi alcançado após um início muito ruim apenas sete pontos em sete jogos. Veio a reformulação promovida pouco antes da parada para a Copa do Mundo e a recuperação. "Nós prevíamos isso, reforços chegando quando o caixa melhorasse", diz Malucelli. "Foi o que mexeu com o clube", completa Zimmermann.
No período, o Furacão trocou Leandro Niehues por Paulo César Carpegiani no comando técnico e jogadores como o atacante equatoriano Guerrón, o lateral-esquerdo Paulinho e o volante Vítor desembarcaram na Baixada. Mais tarde, Carpegiani foi para o São Paulo e veio Sérgio Soares, que já renovou o contrato por um ano.
Para 2011, a intenção é manter a base e reforçar. Como prioridade, o setor ofensivo, claramente o ponto fraco da equipe. "Vamos procurar jogadores para o ataque. Mas precisamos repor eventuais saídas também", projeta o diretor de futebol.
Uma ausência confirmada é a do atacante Maikon Leite, que voltará para o Santos. O zagueiro Rhodolfo e o volante Chico também têm chances de ir embora. O próprio Zimmermann pode ser mais um. "Eu já revelei a minha intenção de não continuar. Tenho deixado várias coisas de lado. Mas quero formar o time antes disso", afirma. "Vou tentar convencê-lo a ficar", contrapõe Malucelli.
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