
ACP se inspira no Jotinha
O Paranavaí pretende repetir o caminho trilhado pelo J. Malucelli, domingo, e surpreender o Atlético hoje, na Arena. Para repetir o esquema de marcação forte e saída rápida no contra-ataque do Jotinha, o técnico Flávio Mendes troca o meia Rodrigo Silva pelo volante Róger.
Uma primeira fase em que deixou os adversários para trás e levou todas as vantagens para o momento mais decisivo da competição, a partir da qual caiu drasticamente de produção e viu a chance de ser campeão ir embora. O filme é repetido e sem graça para o torcedor do Atlético, mas se o time não reagir a partir do jogo de hoje, às 21h45, contra o Paranavaí, na Arena vai ocorrer novamente.
No ano passado, a equipe da Baixada dirigida por Ney Franco bateu o recorde do Furacão de 1949, emplacando 12 vitórias seguidas. Porém, nada que significasse ser campeão do Paranaense (o Rubro-Negro foi superado na decisão pelo Coritiba).
Já neste ano, com o regulamento sem os tradicionais matas-matas, os atleticanos têm o direito de mandar todos os sete jogos do octogonal final em casa e ainda carregaram dois pontos extras para a fase. No entanto, já vacilaram na primeira partida (revés por 2 a 1 para o J. Malucelli, no domingo) e perderam a vantagem.
O sinal de alerta está aceso. Afinal, o temor é evitar que a temporada 2009 não tenha o mesmo destino do traumático ano passado: quase simultaneamente à perda do título estadual, eliminação precoce da Copa do Brasil e início do Brasileiro em que lutou contra o rebaixamento até a última rodada.
"Este ano não vai terminar assim. Tropeços são coisas que acontecem e servem para você avaliar suas atuações e acertar a equipe. A partir de quinta-feira (hoje), nós não vamos deixar acontecer o que houve no ano passado", garante o ala-esquerdo Netinho.
Como só joga na condição de mandante, a recuperação atleticana passa diretamente por vitórias em casa, fator frustrante para o Rubro-Negro em momentos decisivos nos últimos anos, à exceção da reta final do Brasileirão-08, quando fugiu da degola.
"Não fizemos uma campanha ruim em casa na primeira fase, só perdemos agora (para o Jotinha). Só que não temos de ter medo de jogar na Arena. Não dá para se abater na primeira vaia. O torcedor é passional", avisa o técnico Geninho.
As maiores cobranças sobre a equipe nas últimas quatro partidas (período em que ocorreram três derrotas e só um triunfo) são pela participação mais efetiva dos alas e maior criatividade no meio de campo. Setor em que Marcinho está devendo.
"Me deem um trator e um destruo uma casa. Construir é bem mais complicado, mas gosto desse desafio e estou me preparando cada vez mais", afirma o jogador, que terá um apoiador a mais para auxiliá-lo na criação: Julio dos Santos.
"A ideia é acabar com a ligação direta da defesa com o ataque. Temos de ter mais posse de bola, com a valorização dela no meio", pede Geninho, que promove a entrada de Jairo na vaga do contundido Valencia (luxação no ombro direito) e também muda o ataque com Wesley ganhando a vaga de Júlio César.
Ao vivo
Atlético x Paranavaí, às 21h45, no Premiere e no tempo real aqui na Gazeta Online.
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Em Curitiba
Atlético
Galatto; Rhodolfo, Antônio Carlos e Chico; Alberto, Jairo, Julio dos Santos, Marcinho e Netinho; Wesley e Rafael Moura
Técnico: Geninho
Paranavaí
Danilo; Marcão, João Marcelo e João Renato; Duda, Godói, Gilvan, Róger, Dudu e Elvis; Laércio
Técnico: Flávio Mendes
Estádio: Arena da Baixada
Horário: 21h45. Árbitro: Antônio Valdir dos Santos
Auxs.: Guilherme Roggembaun e Daniel Cotrim de Carvalho
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