Atlético toma virada nos Aflitos e segue ameaçado pela degola

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A angústia rubro-negra continua. O Atlético perdeu por 2 a 1, de virada, para o Náutico e segue ameaçado pelo risco de rebaixamento no Brasileirão. Com o resultado negativo nos Aflitos, no Recife, neste domingo (30), o Furacão definirá a sua situação na última rodada diante do Flamengo, na Arena. A vitória do Figueirense diante do Botafogo e a derrota do Coritiba para o Vasco embolou a parte de baixo da tabela (confira a classificação).

O duelo promete ser quente. O time da Gávea, apesar do empate por 3 a 3 com o Goiás, segue vivo na luta por uma vaga na Libertadores de 2009. O Atlético, por sua vez, viverá uma situação atípica. Poderá terminar a última rodada, no dia 7 de dezembro, rebaixado à Série B, apenas garantido na elite, ou confirmado na Primeira Divisão e ainda com a vaga na Sul-Americana do próximo ano na manga.

O time de Geninho desperdiçou mais uma chance de acabar com o risco de descenso e sofreu com a expulsão de Ferreira, aos 21 minutos de jogo, depois de uma dividida com Titi. O árbitro Leonardo Gaciba, com rigor exagerado, mostrou o cartão vermelho para o colombiano. Quatro minutos antes, o atacante atleticano comemorava o gol que, naquele momento, eliminava qualquer risco de queda do time paranaense.

Com um a menos em campo, o Rubro-Negro não teve forças para suportar a pressão do Timbu, e da torcida pernambucana, e tomou a virada. Dois gols de Clodoaldo, em lances confusos, decretaram a vitória da equipe de Roberto Fernandes. Com o triunfo, o Náutico respira no campeonato (inclusive ultrapassou o Atlético) e definirá a sua sorte diante do Santos, na Vila Belmiro, no próximo domingo.

Clima quente

Roberto Fernandes tratou de aumentar o clima já tenso para o jogo dos Aflitos. O ex-técnico do Furacão, que em 15 jogos no comando, deixou o time na zona rebaixamento, inventou duas escalações para o Timbu na tentativa de confundir o técnico atleticano, Geninho. A atitude estranha de Fernandes não resolveu, pois o Rubro-Negro, com apenas Rafael Moura na frente, conseguiu o que queria e precisava. Mesmo com a pressão da torcida no cangote, Atlético soube aproveitar a única chance que teve no primeiro tempo. Aos 17 minutos, Ferreira abriu espaço e chutou forte para inaugurar o placar no Aflitos. O gol não abateu o time do Náutico porque quatro minutos depois o árbitro Leonardo Gaciba tirou o colombiano do jogo. Ferreira entrou com vontade numa divida com Titi e o juiz, com rigor, mostrou o cartão vermelho direto para o atleticano. Ao sair de campo, Ferreira balançava a cabeça dizendo que não havia tocado no zagueiro adversário. Mesmo com um homem a mais Náutico teve dificuldades na criação de jogadas.

No segundo tempo, no sufoco, a história do jogo mudou com uma substituição de Roberto Fernandes.

Aos trancos e barrancos, Náutico vira

A estrela do técnico Roberto Fernandes brilhou. Aos 16, Clodoaldo entrou no lugar do lateral-esquerdo Anderson Santana. O atacante obrigou Galatto a fazer uma defesa milagrosa. Aos 21, Titi levantou na área para Gilmar, que apenas ajeitou para Clodoaldo marcar.Todo no campo ofensivo, o Náutico pressionava o Furacão. Na pressão, aos 35, Felipe ergueu a bola na área. Clodoaldo "lutou" com o zagueiro Rhodolfo pela bola e encontrou espaço ao para empurrar a bola para o fundo das rede atleticana.