Atlético vê má vontade da Federação

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A diretoria do Atlético não entende a posição da Federação Paranaense de Futebol (FPF) de não aceitar a tabela da segunda fase proposta pelo clube. Segundo o presidente rubro-negro, Marcos Malucelli, falta "boa vontade" na entidade

Caso a FPF acatasse o pedido atleticano, automaticamente seria retirada do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a ação que pede o cumprimento do artigo 9º do regulamento do Estadual – mando de campo das sete partidas da segunda fase para o campeão do primeiro turno.

Para sair do tapetão, o Furacão quer que o 1º colocado da etapa de classificação enfrente 2º, 3º, 4º e 5º colocados como mandante no octogonal decisivo.

"Isso é impossível", avisa Hélio Cury, presidente da FPF, que após receber a proposta atleticana alega ter tido várias conversas com os representantes do Atlético e do Coritiba sobre o tema.

Já para cúpula da Baixada, basta haver uma iniciativa da entidade que rege o futebol do estado para resolver o problema. "Já fizeram três tabelas (duas da primeira fase e uma da segunda) e não consultaram nenhum clube. Por que agora precisam consultar? É só ter boa vontade", afirma Marcos Malucelli.

"Querem impor uma tabela deles (Atlético). Isso é prerrogativa da Federação que fez a tabela da segunda fase atendendo aos interesses da televisão", rebate Cury.

Faltando duas rodadas para o fim da fase de classificação, só um desastre tira dos rubro-negros a 1ª colocação. Precisando de um empate ante Paranavaí e Engenheiro Beltrão, o time do técnico Geninho, no entanto, precisará esperar até o dia seguinte ao jogo final do turno (no dia 25) para saber tudo a que terá direito nas "finais".

Segundo Paulo Schmitt, procurador-geral do STJD, o julgamento do pedido do Atlético só será analisado no dia 26, já com a primeira etapa encerrada e a apenas dois dias do início do octogonal.

"Se tinham pressa que mandassem isso antes. Ficou tudo parado no TJD (esfera local) por uns 15 dias", lamenta o procurador, que descarta a hipótese de uma sessão extraordinária antes da próxima reunião do tribunal pleno no dia 26.

Para a Federação, como não há direito a recurso, será cumprida a decisão do colegiado carioca. Hélio Cury garante haver tempo hábil para o início da fase decisiva, que precisa começar no fim de semana dos dias 28 e 29. Para piorar, no fim da tarde do dia 29, está marcado Equador e Brasil pelas Eliminatórias e não é permitido haver jogo do Paranaense no mesmo horário do compromisso da seleção.