Atlético vence o Londrina e dispara na liderança do Paranaense

Depois de um primeiro tempo em marcha lenta, o Atlético Paranaense acordou na segunda etapa e, ao natural, venceu o Londrina por 3 a 0 neste sábado (7), na Arena da Baixada, em Curitiba. Com o resultado, o Furacão chegou aos 27 pontos, na liderança isolada do Campeonato Paranaense, sete pontos à frente do vice-líder Coritiba. O Tubarão é 7º colocado, com 12 pontos ganhos.

O Furacão volta a campo na próxima quarta-feira (11), a partir das 21h45 (com transmissão ao vivo pela RPC TV e acompanhamento da Gazeta do Povo Online), contra o Cianorte no Noroeste do Paraná. Já o Tubarão recebe o Toledo, as 20h30 de quinta-feira (12), no estádio do Café.

O jogo

Atlético e Londrina fizeram um primeiro tempo equilibrado, mas com pouca emoção. O futebol apresentado foi burocrático e não empolgou as torcidas. Nos primeiros 20 minutos, nenhum chute foi dado para o gol. A marcação forte do Tubarão, aliada à falta de qualidade no arremate do Furacão, deixou o jogo truncado.

Aos poucos, os times se soltaram e passaram a chegar com mais frequência na área adversária. Aos 31 minutos, após uma cobrança de falta de Diego Mineiro, Silvinho cabeceou com perigo e Vinicius tirou de soco. Três minutos depois, em jogada muito parecida, Júlio César apareceu em boa posição para cabecear, mas Fernando se esticou e tirou o perigo.

O Furacão pouco ameaçou o Londrina, mas na melhor das chances o atacante Lima, após receber o passe em cruzamento aos 41 minutos, dominou dentro da área e chutou forte. O zagueiro Júnior, quase embaixo das traves, tirou o perigo e evitou o gol certo.

Para o experiente Silvinho, em entrevista no intervalo, o Londrina precisava insistir e criar mais alternativas para conseguir o resultado. Embora tenha elogiado a marcação, ele pediu mais dedicação dos companheiros. "O grupo tem que se esforçar um pouco mais. Estamos nos dedicando bem na marcação, mas temos que jogar mais para conseguir o gol e a vitória".

Segundo tempo mais animado

Para os 45 minutos finais, os dois times voltaram sem modificações. Segundo meia Marcinho, o Atlético poderia chegar ao gol se diminuísse os espaços. "É só termos mais aproximação". Já o goleiro Fernando, elogiou seu time e destacou a importância do placar de empate até então. "Temos que ter atenção para manter o placar, mas tentar surpreender no contra-taque. Para a gente, um ponto aqui estará de bom tamanho".

O Londrina voltou mais bem disposto que o Furacão. No primeiro lance, Silvinho chegou com perigo, mas chutou fraco e perdeu boa chance de servir a um companheiro. Logo depois, aos 3 minutos, Rodrigo desceu bem pela direita e cruzou com categoria. Wesley, sem marcação, pega de sem-pulo e chuta com perigo, bem próximo ao gol de Vinicius.

Após o susto inicial, o Atlético se reorganizou em campo e logo equilibrou o jogo. Aproveitando uma falta de atenção dos marcadores, Antônio Carlos avançou e arriscou o chute de muito longe. No quique traiçoeiro da bola, o goleiro Fernando não conseguiu encaixar e rebateu. Renan, sem marcação (como elemento surpresa) escolheu o canto e cabeceou para as redes londrinenses, abrindo o placar da partida.

Gol chama gol

Aos 30 minutos, quando o Londrina tentava pressionar, Júlio César recebeu a bola de frente para a área, ergueu a cabeça e chutou colocado, com muita categoria, no ângulo do goleiro Fernando. Golaço na Arena. Oito minutos depois, após grande jogada de Zé Antônio, o Atlético sacramentou a vitória. Depois de passar pelos marcadores, o ala cruzou bem e Lima, depois de dominar e ajeitar, chutou para as redes londrinenses.

Com a vitória garantida, restou ao torcedor um momento de descontração. Aos 45 minutos, o atacante Kamalli, dos Emirados Árabes, (primeiro dessa nacionalidade a jogar no futebol brasileiro), fez sua estreia pela equipe profissional do Atlético. No clube desde meados do ano passado, ele já atuou em amistosos e jogos-treinos, mas pela primeira vez pisou na Arena da Baixada com boa presença de público (cerca de 12 mil pagantes).

Em sua primeira participação, Kamalli deu uma tesoura no adversário e, por muito pouco, não foi expulso. O vermelho não veio, mas o jogador árabe levou como lembrança um cartão amarelo.