Atlético 2 x 1 São Paulo
Acabou a maldição. Após oito tentativas frustradas, o futebol paranaense está na final da Copa São Paulo. O responsável por "quebrar o encanto" foi o Atlético, que derrotou o São Paulo por 2 a 1 de virada, ontem, em Rio Claro. Resultado valorizado pela badalação em torno do Tricolor paulista, que vinha fazendo a melhor campanha da competição. Foi o troco pela derrota por 4 a 1 que derrubou o Rubro-Negro na semifinal de 2007.
A decisão será amanhã, às 11 horas, no Pacaembu. O adversário será o Corinthians, que bateu o Avaí por 3 a 2, nos pênaltis, após 1 a 1 no tempo normal.
Por pouco o confronto de ontem não foi prejudicado pela arbitragem de Marco de Oliveira Sá. Com 15 minutos de jogo ele já havia deixado de marcar um pênalti para cada lado. Primeiro, o atleticano Carlão cortou com a mão esquerda um chute a gol de Oscar quase em cima da linha. Pouco depois, Marcelo foi puxado pela camisa dentro da área são-paulina quando se preparava para finalizar de frente para o goleiro adversário.
Aos 20 minutos o São Paulo chegou ao gol, com Bruno Uvini, que aproveitou de cabeça um cruzamento da esquerda. Tímido, o Furacão apresentou pouco poder de reação no primeiro tempo.
"O time está muito atrás, respeitando demais o São Paulo. Demos muito chutão. O time tem qualidade, tem que jogar", analisou ainda no intervalo o atacante atleticano Patrick.
O discurso do camisa 11 foi assimilado pelo grupo no intervalo, e o que se viu na segunda etapa foi um Atlético ousado, sem medo da badalação em torno do trio Oscar, Wellington e Henrique. Logo a coragem rubro-negra refletiu-se no placar.
O gol já poderia ter vindo aos 13 minutos, quando Bruno Costa teve um gol bem anulado. Veio pouco depois, em dose dupla. Aos 20, o lateral-direito Raul converteu com segurança uma penalidade. No minuto seguinte, Marcelo, herói da classificação contra o Cruzeiro nas quartas-de-final, recebeu na área, tirou o zagueiro e chutou forte, no canto alto esquerdo da meta de Leonardo.
O gol abateu o São Paulo. Do outro lado, os meninos rubro-negros tiveram maturidade de profissional para segurar o resultado.
No fim, o árbitro ainda voltou à cena, marcando um pênalti inexistente do goleiro Santos em Henrique, já nos acréscimos. Oscar cobrou no canto direito e o camisa 1 atleticano pulou para defender, sacramentando a vaga paranaense.
"Trabalhamos muito cobrança de pênalti durante a semana. Me concentrei e graças a Deus consegui pegar", afirmou.
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