Malucelli
O presidente do Atlético, Marcos Malucelli, volta à tona hoje. O dirigente, após se manifestar em uma carta aberta à torcida no site oficial, marcou uma entrevista coletiva esta tarde. O mandatário rubro-negro foi aconselhado por correlegionários a vir a público falar da situação delicada pela qual passa o clube no Brasileiro.
Nenhum time foi pior que o Atlético nas dez primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro desde 2003, quando passou a ser disputado no sistema de pontos corridos. Com irrisórios dois pontos e amargando a lanterna, parte da explicação para o rendimento pífio está debruçada na quantidade de erros elementares que a equipe comete com a bola no pé.
Não é à toa que o técnico Renato Gaúcho tem treinado exaustivamente os fundamentos básicos do futebol, como passes, cruzamentos e chutes a gol. A repetição, porém, não tem surtido o efeito desejado. Mas deve seguir até a maré virar.
"É a fase. Quando a fase não é boa, as coisas demoram a acontecer", tentou explicar o treinador após o treino de ontem. "Tem a parte psicológica também. Estamos precisando apenas de uma vitória", seguiu.
Os equívocos em campo se traduzem em números. De forma até curiosa, a defesa atleticana não é colocada em xeque, mesmo sendo a quarta mais vazada. A desconfiança maior está no ataque o menos eficiente do campeonato, com apenas três gols marcados.
O Rubro-Negro é o segundo pior no quesito finalizações erradas, de acordo com dados do site Footstats (ver tabela). Quando o assunto é finalizar em direção ao gol, é apenas o 18.º da competição. Quem mais erra a direção do gol é o atacante Madson, seguido de Nieto, Paulo Baier, Cléber Santana e Rafael Santos.
Apesar de ter, em média, 53,1% de posse de bola nas partidas do Brasileirão, o Atlético perde o controle das ações com frequência: é o quarto na lista. Os desarmes adversários têm sido fatais.
"Não estamos numa fase boa e quando erramos, sofremos gol. E se erramos um gol, perdemos o jogo por esse gol perdido", sintetizou Kleberson, sem teorias. Para que os erros diminuam, o volante tem o mesmo discurso do treinador: "Só uma vitória mesmo."
Outro fundamento ao qual Renato tem dado bastante atenção, em conjunto com as finalizações, são os cruzamentos. A preocupação se justifica, já que o Furacão é o terceiro no item cruzamentos errados (18 por jogo). Justamente quem deveria ter o fundamento em alta é quem mais erra: Paulinho. O lateral-esquerdo acertou apenas dois cruzamentos e errou outros 35 nos sete jogos em que esteve em campo.
Para tentar resolver o problema nos levantamentos na área, ontem o lateral-direito Edilson foi apresentado oficialmente. O atleta, que estava no Grêmio, foi indicado por Renato e aguarda apenas a regularização da CBF para estrear, se possível já contra o Botafogo, no próximo sábado, na Arena da Baixada.
"Acredito muito que o grupo vai ter força para sair dessa situação e no final vamos terminar felizes na Primeira Divisão", disse Edilson, paranaense de Nova Esperança. Nada mais sugestivo.
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; acompanhe o Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?