Assista aos gols da derrota do Atlético
No duelo do criador contra a criatura, o técnico Ney Franco e o seu Botafogo golearam o Atlético Paranaense por 3 a 0 em plena a Arena da Baixada, na noite deste domingo. Dois anos atrás, o Alvinegro já havia imposto a maior derrota sofrida pelo Furacão dentro da sua casa, ganhando por 5 a 0. Para piorar, o atual Rubro-Negro viu o seu ex-treinador anular a equipe e consolidar um desastroso resultado para a equipe paranaense.
Em nenhum momento o Atlético se encontrou no gramado. Nem mesmo o apoio maciço do torcedor atleticano adiantou. Enquanto a torcida fez a sua parte nas arquibancadas, o Furacão sofreu uma forte pressão do rápido ataque carioca. Como resultado, na base do toque de bola e da velocidade, Lúcio Flávio, Jorge Henrique e Túlio construíram o triunfo botafoguense em Curitiba.
A zona de rebaixamento, na qual o Rubro-Negro entrou antes da bola rolar na Arena, agora é definitivamente uma realidade aos atleticanos. Em 17º com 17 pontos, o Atlético só não é pior do que Santos, Fluminense e Ipatinga. Cabe agora aos jogadores buscar a reabilitação na próxima quarta-feira, às 20h30, contra o Náutico, na Arena. Já o Botafogo vai até Florianópolis enfrentar o Figueirense, na quinta-feira, às 20h30.
Furacão joga como visitante na Arena da Baixada
Nem parecia que o Atlético estava jogando em casa. Desorganizado e bastante disperso, o Furacão sofreu para segurar o Botafogo, que parecia estar atuando no Rio de Janeiro, tamanha a desenvoltura apresentada em todo o primeiro tempo. Parte disto foi mérito do técnico Ney Franco, que até a segunda rodada do Brasileirão era o comandante do Rubro-Negro.
O único destaque individual atleticano, como já está se tornando rotina, foi o goleiro Galatto. Nos primeiros 10 minutos, o camisa 1 do Atlético fez nada menos do que três grandes defesas, impedindo que os cariocas largassem na frente. Quando tinha a bola, o Furacão pouco mostrava em termos ofensivos, sobretudo pela falta de organização e pelo excesso números de passes errados.
De tanto errar, o Atlético acabou pagando caro aos 28 minutos. Lúcio Flávio colocou Jorge Henrique na cara do gol. Danilo tentou o desarme, e acabou derrubando o atacante botafoguense na área. A penalidade máxima foi marcada pelo árbitro Arilson Bispo da Anunciação e foi convertido por Lúcio Flávio. 1 a 0 para o Fogão.
O Furacão até mostrou vontade de reagir no jogo, mas seguiu errando muito. Esperança de gols já na sua estréia, o atacante Rafael Moura mostrou-se totalmente fora de ritmo e pouco ajudou. Já o Botafogo continuou melhor, marcando forte e jogando com velocidade, e só não fez o segundo ainda na etapa inicial por conta dos próprios erros. A expectativa do torcedor atleticano era de que, no vestiário, o técnico Roberto Fernandes pudesse organizar o "amontoado" de jogadores que atuava do lado rubro-negro.
Tragédia atleticana se consolida no segundo tempo
Com duas alterações, o Atlético poderia ficar mais ofensivo. Pelo menos em tese. As entradas de Anderson Aquino e Júlio dos Santos nos lugares de Gabriel Pimba e Renan visavam melhorar o toque de bola atleticano, mas o que se viu foi o Botafogo dando continuidade a sua postura de quem atua dentro de casa. É verdade que o Alvinegro tomou as suas precauções e recuou um pouco, mas seguiu melhor.
Mais do que eficiente, o Fogão foi inteligente, e assim chegou ao segundo gol aos 13 minutos. Em rápido contra-ataque, Jorge Henrique foi lançado em velocidade, a zaga atleticana ficou apenas olhando e o atacante ainda driblou Galatto antes de aumentar a favor dos cariocas. A única coisa bonita após o gol botafoguense foi a atitude da torcida do Furacão, que seguiu incentivando a equipe.
O que parecia ruim ainda ficaria pior. Onze minutos após o segundo, o Alvinegro chegou ao terceiro, depois de Gil errar o toque de calcanhar, e Túlio girar e marcar o terceiro. A partir deste momento, o Furacão praticamente inexistiu ofensivamente e o jogo se arrastou, com algumas breves pontadas do Botafogo, dono do confronto e da vitória.
Até o apito final, restou ainda a Roberto Fernandes ver a torcida pedir mais uma vez a sua saída. A pergunta é se a diretoria vai atender.
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